BTG revela aposta: entenda por que CURY3 deve entrar no Ibovespa e atrair fluxo comprador
A expectativa do mercado em torno da primeira prévia do Ibovespa para o quadrimestre de setembro a dezembro de 2025 ganhou um novo ingrediente: segundo o BTG Pactual, três mudanças importantes devem ocorrer na composição do índice. De acordo com o relatório assinado por Carlos Sequeira, Leonardo Correa, Antonio Junqueira, Osni Carfi, Tcha Chan e Bruno Henriques, a Cury (CURY3) deve entrar no Ibovespa, enquanto Petz (PETZ3) e São Martinho (SMTO3) estão cotadas para sair.

Esse rebalanceamento periódico é realizado pela B3 a cada quatro meses, considerando critérios como volume negociado, liquidez e presença em pregões. A entrada ou saída de ações impacta diretamente o fluxo de fundos passivos e, por isso, tem forte peso nos preços dos papéis. Para quem acompanha o Ibovespa hoje, esse tipo de mudança pode ajudar a entender movimentações atípicas em determinados ativos.
De acordo com o BTG, CURY3 teria um peso estimado de 0,19% no Ibovespa e enfrentaria uma pressão compradora de 1,4 vez o seu volume médio diário negociado (ADTV). Já PETZ3 e SMTO3 enfrentariam pressão vendedora de 0,9x e 1,6x, respectivamente.
Segundo o relatório, “CURY3 aparece como a principal candidata à entrada, com peso estimado de 0,19% no índice e pressão de compra equivalente a 1,4x o volume médio diário negociado”.
BTG vê desconcentração no índice e chance para nomes médios
O banco também aponta uma mudança estrutural em andamento: após permanecer concentrado nos 10 principais ativos por cinco rebalanceamentos consecutivos, o Ibovespa voltou a dar sinais de desconcentração. A fatia dos 10 maiores componentes, que estava em 53%, caiu para 49% em maio de 2025.
Segundo os analistas do BTG Pactual, esse movimento pode abrir espaço para novas empresas com bom desempenho de liquidez e volume negociado passarem a compor o índice. É o caso de CURY3, que se beneficiaria dessa dinâmica.
Rebalanceamento mexe também com small caps e IBrX
Além do Ibovespa, o BTG projeta alterações no IBrX-50 e IBrX-100. No primeiro, a expectativa é de entrada de BBDC3, POMO4 e COGN3, com saída de JBSS3, CRFB3 e AZUL4. No IBrX-100, ONCO3 também deve sair, enquanto SRNA3, RAPT4, ANIM3 e INTB3 ganhariam espaço.
No índice de small caps, o banco espera as inclusões de AMOB3 e TFCO4, enquanto cinco papéis devem sair: MRFG3, OPCT3, JALL3, DASA3 e AERI3. Há ainda atenção sobre MLAS3, que está no limite de permanência.
No relatório, os analistas explicam que “o número de dias necessário para que fundos passivos absorvam o rebalanceamento é estimado por um simples cálculo baseado no ADTV”. Esse efeito, porém, pode ser parcialmente compensado por fluxos de reversão de operações cash-and-carry, comuns na véspera da recomposição dos índices.
Na avaliação do BTG, entender a lógica desses movimentos pode ajudar investidores a anteciparem oportunidades, principalmente em papéis que, como CURY3, ganham força com o rebalanceamento da B3.