Apesar da queda sucessiva no Ibovespa, BTG (BPAC11) é escolha segura no mercado de capitais, avalia Safra. Veja motivos

As ações do BTG Pactual (BPAC11) atingiram um valor de R$ 33,76 no fechamento do pregão da bolsa brasileira, o Ibovespa, nesta segunda-feira (15). Isso representa uma queda de 1,57% ante o valor de fechamento da sexta-feira (12) e marca, até então, o menor valor da empresa na Bolsa em 2024. A maior alta deste ano do BTG no Ibovespa foi registrada em 15 de janeiro, com ações negociadas a R$ 38,47.

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Desde o dia 9 de abril o BTG cai na Bolsa. Ainda assim, em um cenário de taxas de juros elevadas e perda de atratividade no mercado de capitais brasileiro, o BTG Pactual é considerado a opção mais segura, de acordo com análise do Safra. A instituição destaca a plataforma de negócios diversificada do BTG como um diferencial em meio às adversidades econômicas, ressaltando sua resiliência e desempenho superior ao setor nos últimos anos.

Analistas do Safra, Daniel Vaz, Silvio Dória e Gabriel Pucci preveem um crescimento de lucro por ação do BTG (EPS) de +20% em termos homólogos nos próximos dois anos. Com base nessa perspectiva, o Safra revisou para cima suas previsões de lucro para o BTG, projetando R$ 12,495 bilhões em 2024 e R$ 15,087 bilhões em 2025. Esses números representam aumentos significativos em relação às previsões anteriores e superam as expectativas de consenso.

Além disso, o preço-alvo para a Unit (unidade de negociação de ações) do BTG foi revisado para R$ 42 pelo Safra, refletindo um potencial de valorização de 22% sobre o fechamento de sexta-feira, 12.

Enquanto isso, a B3 mantém-se como a principal escolha (top pick) do Safra devido a uma assimetria mais positiva, mesmo após uma queda significativa no acumulado de 2024, influenciada pela saída de capital externo. Em contraste, as Units do BTG acumulam queda neste ano.

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BTG registra lucro recorde no 4T23

No último trimestre de 2023 (4T23), o lucro líquido ajustado do BTG Pactual atingiu R$ 2,847 bilhões, representando um aumento de 4,1% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 61,1% em comparação com o mesmo período de 2022. No acumulado do ano, o lucro totalizou R$ 10,419 bilhões, refletindo um crescimento anual de 25%. Os dados foram divulgados em balanço do BTG no dia 5 de fevereiro deste ano.

A receita total do banco alcançou R$ 5,653 bilhões nos últimos três meses de 2023, mantendo-se estável em comparação trimestral e apresentando um robusto avanço de 55,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento expressivo nas comparações anuais foi influenciado por efeitos de base de comparação, como o reconhecimento do impacto de uma provisão não recorrente no quarto trimestre de 2022.

O retorno ajustado sobre o patrimônio (Roae) no 4T23 foi de 23,4%, um leve aumento em relação ao trimestre anterior e uma significativa melhoria em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o ano como um todo, o indicador ficou em 22,7%, superando as projeções da instituição. O CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, afirmou à época que a expectativa é de um novo aumento para este ano.

Em relação à captação líquida de clientes, o BTG registrou R$ 41 bilhões no último trimestre de 2023, uma queda em comparação ao trimestre anterior, refletindo um ambiente desafiador.

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Murilo Melo

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