Fim do jejum de IPOs após quatro anos? BRK Ambiental protocola pedido de oferta inicial na CVM

Não é novidade que a bolsa brasileira vive um período extenso de jejum de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações). No entanto, o período de “seca” que se estende desde 2021 pode finalmente chegar ao fim com a chegada da BRK Ambiental, empresa privada de saneamento, à bolsa. 

Na noite da última quinta-feira (12), a companhia protocolou um pedido de IPO na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). De acordo com uma apuração do Valor Econômico, a oferta deve ser de R$ 2,5 bilhões e o montante deve ser utilizado para reforço de balanço.

Ainda de acordo com a apuração realizada pelo veículo, a precificação da oferta pode ocorrer já no início do ano, em fevereiro. 

A BRK informou, em fato relevante, que pretende realizar uma oferta primária e “potencialmente secundária”. A abertura de capital foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária da companhia, além do pedido de adesão ao segmento de listagem do Novo Mercado da B3, voltado para maiores critérios governança corporativa. 

Conheça a BRK Ambiental 

A BRK Ambiental é uma das maiores empresa privadas de saneamento do Brasil. Fundada em 2008, a companhia era inicialmente chamada de Odebrecht Ambiental e surgiu por meio do spin-off do segmento ambiental da Organização Odebrecht, atual Novonor. 

Atualmente, a companhia atua em mais de 100 municípios, em 13 estados brasileiros. 

Desde abril de 2017, a Brookfield detém 70% das ações da BRK e é responsável pelo controle da empresa. Os outros 30% restantes pertencem ao FI-FGTS, sigla para Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que é administrado pela Caixa Econômica Federal.  

A concretização do IPO da BRK Ambiental depende agora das condições de mercado, além das aprovações societárias necessárias, da definição do preço das ações e dos registros obrigatórios junto à CVM e a B3.

Giovanna Oliveira

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