Brexit pode prejudicar economia brasileira, segundo governo

Com a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o Brexit, o governo brasileiro preocupa-se com a possibilidade de ser prejudicado nas operações comerciais. O governo quer novas negociações com Bruxelas e com Londres.

No último domingo (25), líderes europeus entraram em acordo nos termos do Brexit. No processo da saída do Reino Unido da UE, haverá uma reformulação nas cotas de produtos estrangeiros.

Tanto o Reino Unido, quanto a UE, estabelecerão novas cotas para cada um de seus parceiros comerciais. Entre britânicos e europeus, o acordo estabelecido prevê uma repartição das cotas para produtos brasileiros, como açúcar ou carne.

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Consequências para o Brasil

Entretanto, o governo brasileiro assegura que esta repartição não será o suficiente para evitar prejuízos. Não basta apenas dividir as cotas, pois há outros custos envolvidos, como o transporte.

Antes do Brexit, um carregamento de carne a um porto europeu, chegaria ao mercado britânico sem custos adicionais. Com o Brexit, carregamentos para os mercados britânico e europeu terão de ir separadamente.

Atualmente, o Brasil exporta cerca de US$ 2,4 bilhões para o Reino Unido e US$ 33,9 bilhões para a UE até o fim de outubro.

Há dez dias, em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador do Brasil, Alexandre Parola, pediu à UE para “ouvir nossas preocupações e trazer para a mesa uma base justa, transparente e equilibrada para a discussão, assegurando aos membros exportadores que não terminem em uma situação mais negativa como resultado dessas negociações”.

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O Brasil fez uma queixa formal para a UE e para o Reino Unido, reivindicando direitos. O Itamaraty (como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores) solicita a renegociação de cada uma das cotas de exportação. O prazo para a resposta é até 17 de janeiro de 2019.

Do mesmo modo, em documento enviado à UE, americanos, brasileiros e chineses alertaram que o Brexit influenciaria em mais de 140 cotas e pelo menos 365 linhas tarifárias.

Amanda Gushiken

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