Grana na conta

Afundamento do solo de mina da Braskem (BRKM5) em Maceió volta a acelerar, diz Defesa Civil

O cenário crítico da mina da Braskem (BRKM5) em Maceió, sob risco de colapso, voltou aos holofotes nesta manhã de sábado (9). Segundo o boletim da Defesa Civil, houve uma aceleração significativa na velocidade de afundamento no solo da região afetada, no bairro do Mutange.

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O ritmo de afundamento do solo na mina de sal-gema da Braskem passou de 0,21 centímetro por hora para 0,35 centímetro por hora, segundo o comunicado da Defesa Civil. O auge da velocidade desde o início do monitoramento foi de 5 centímetros por hora.

O dado alerta para uma intensificação do problema e especialistas do Ministério de Minas e Energia recomendam a continuidade dessa vigilância em conjunto à comunicação direta com as autoridades locais para oferecer suporte técnico.

O solo da mina da Braskem registrou um afundamento de 8,6 centímetros nas últimas 24 horas e uma profundidade total de 2,16 metros desde que o monitoramento começou em 30 de novembro, sob coordenação da Defesa Civil de Maceió.

Mutange, em Maceió, continua em estado de Alerta

O órgão mantém o estado de Alerta e reforça que a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização técnica. Também é preciso respeitar o perímetro de interdição em um raio de 1 quilômetro para embarcações na Lagoa Mundaú. Sem previsão para o término da restrição, atividades como pesca e passeios aquáticos também estão limitados na região.

Apesar de especialistas afirmarem que o peso da água não deve provocar o colapso da mina, ele pode agravar a situação existente. A chamada mina nº18, situada na área do antigo campo do CSA, no bairro do Mutange, é uma das 35 operadas pela Braskem (BRKM5) na região para extração de sal-gema, utilizado na produção de soda cáustica e PVC.

A empresa destaca que as áreas ao redor da mina permanecem isoladas, com monitoramento ininterrupto.

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40 mil pessoas realocadas com o afundamento do solo por mina da Braskem em Maceió

Desde o dia 29 de novembro, o alerta de colapso em uma das 35 minas da Braskem em Maceió já tirou 40 mil pessoas de suas casas.

Cinco bairros da capital de Alagoas precisaram ser desocupados, totalizando 40 mil imóveis em área de risco, devido ao afundamento do solo associado à mineração de sal-gema pela companhia.

“O órgão permanece em alerta devido ao risco de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange”, afirmou a Defesa Civil de Maceió neste sábado (9) pela manhã.

Na última quarta-feira (6), o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) exigiu que a Braskem (BRKM5) estabeleça uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na região identificada como de risco, conforme mapeado pela própria petroquímica e pelas autoridades competentes.

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Camila Paim

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