Braskem (BRKM5) cancela participação na COP28 e cita ‘agravamento’ da crise de Maceió

A Braskem (BRKM5) cancelou sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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Em nota, a Braskem citou que o cancelamento se deve ao “agravamento da crise em Maceió“, onde a petroquímica enfrenta o risco de colapso em uma de suas minas de extração de sal-gema.

“Nos últimos dias, diante do agravamento da crise de Maceió, a Braskem achou melhor cancelar sua participação para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer”, explicou a empresa”, diz o texto.

Ainda de acordo com o comunicado sobre a ida à COP28, a Braskem informou que “está acompanhando a COP e todas as discussões sobre mudanças climáticas, uma vez que tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de crescimento com produtos mais sustentáveis, entre eles bioprodutos e produtos com conteúdo reciclado”.

A agenda inicial da Braskem na COP28 previa a participação de diretores da petroquímica em dois painéis, entre os dias 8 e 11 de dezembro. 

Defesa Civil registra leve aceleração na movimentação do solo em mina da Braskem

A Defesa Civil de Maceió divulgou nota na noite desta segunda-feira (4) informando que houve leve aceleração na velocidade vertical de afundamento do solo acima da mina 18 da Braskem.

O deslocamento vertical acumulado da mina da Braskem n° 18 é de 1,80m e a velocidade vertical é de 0,26 cm por hora, apresentando um movimento de 6,3 cm nas últimas 24 horas.

No boletim divulgado ainda pela manhã pela Defesa Civil de Maceió, a velocidade vertical era de 0,25 cm por hora. A mina n° 18 está localizada na região do antigo campo do Centro Sportivo Alagoano (CSA), no Mutange. Ainda existe risco iminente de colapso em Maceió.

Assim, o órgão mantém o alerta máximo para a mina de sal-gema da Braskem. “Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”.

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Braskem (BRKM5) tenta atenuar preocupações sobre Maceió e diz que “solo vem se acomodando”

Na segunda-feira (4), o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou que a petroquímica tem feito esforços consistentes para minimizar os impactos ambientais provocados pelo afundamento do solo em Maceió (AL).

Em situação de emergência desde a última quarta-feira (29), a cidade de Maceió vive um clima de espera, aflição e revolta por causa da possibilidade de colapso de uma mina de sal-gema da petroquímica Braskem, no bairro do Mutange. É mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

Roberto Bischoff, CEO da Braskem, disse que a empresa identificou a aceleração da instabilidade na região em novembro, a partir de um relatório interno. Em seguida, compartilhou informações com as autoridades.

“Percebemos a partir de um monitoramento que realizamos uma mudança no comportamento do solo e imediatamente informamos às autoridades. O bairro já estava desocupado, quem estava na região eram apenas as equipes da Braskem e 23 famílias resistentes que não haviam deixado o local, mas foram retiradas após ordem judicial”, afirmou Bischoff durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento tradicional do setor químico promovido pela Associação Brasileira de Indústrias Química (Abiquim).

O executivo afirmou que decidiu falar sobre a crise em Maceió durante a realização do evento em função de, segundo ele, haver uma grande quantidade de informações veiculadas nas redes sociais e que “não necessariamente são precisas”. Completou: “Temos bons indicativos de que o solo vem se acomodando.”

Bischoff disse ainda que nos últimos quatro anos foram realocadas 40 mil pessoas em 14,5 mil imóveis e mais de 97% das propostas de indenização foram aceitas e pagas por meio do Programa de Compensação Financeira (PCF).

*Com informações de Agência Brasil

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Giovanni Porfírio Jacomino

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