Brasileiros endividados, 79,3% das famílias estão endividadas e 30% inadimplentes

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 79,3% das famílias brasileiras estão endividadas e 30% inadimplentes no mês de setembro. Este é o terceiro aumento consecutivo do endividamento e a primeira vez que o número de famílias com contas atrasadas chega a 30%.

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), mostra que entre os mais pobres o cenário é pior, chegando a 80% das famílias com dívidas a vencer. Entre as famílias brasileiras que apresentam renda familiar inferior a 10 salários mínimos mensais o aumento de endividados foi de 0,4% de agosto para setembro, registrando 80,3%. Entre as famílias com renda superior os dados se mantiveram estáveis em 75,9%.

Para a pesquisa são consideradas dívidas as contas a vencer em cheque pré-datado, carnê de loja, cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal, crédito consignado, prestação de carro e de casa.

A inadimplência dos consumidores brasileiros também segue crescendo. Em setembro, 10,7% das famílias afirmaram que não conseguiriam quitar as contas atrasadas, logo, seguiram inadimplentes para o próximo mês.

“Embora os atrasos tenham crescido no mês e no ano entre os consumidores nas duas faixas de renda, as dificuldades de pagamento de todos os compromissos do mês são mais latentes entre as famílias de menor renda”, avaliou a economista Izis Ferreira, responsável pelo levantamento da CNC, em nota oficial.

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Em São Paulo, os dados são alarmantes, uma a cada quatro famílias está inadimplente na capital paulista. Em setembro, cerca de 1 milhão de lares paulistas estavam endividados. De acordo com a PEIC, 24,8% das famílias em dívidas em atraso, assim como o resultado nacional, a capital paulista bateu o recorde de endividamento.

Taxas de juros cada vez maiores

As taxas de juros também não param de subir, o que favorece o crescimento de endividados. Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros para linhas de crédito de pessoa física cresceram 13,5 p.p em um ano, chegando a 53,6%. Esta é a maior taxa desde abril de 2018.

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Isabella Taglapietra

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