Bradesco capta US$ 1,6 bilhão com emissão de títulos no exterior

O Bradesco (BBDC4) captou US$ 1,6 bilhão (R$ 6,6 bilhões na cotação atual) por meio de uma emissão de títulos no exterior. A instituição bancária emitiu US$ 800 milhões na tranche de três anos, com yield de 2,85%, e mais US$ 800 milhões com o prazo de cinco anos, com yield de 3,20%.

A agência de classificação de risco Moody’s, semanas atrás, atribuiu o rating “Ba2” para a emissão do Bradesco, realizada por meio da subsidiária do banco nas Ilhas Cayman. As informações foram divulgadas primeiramente pelo jornal “Valor Econômico”.

Na última semana, o Itaú (ITUB4) emitiu US$ 1,5 bilhão (R$ 6,27 bilhões) em um bônus também fatiado em duas tranches, de três e cinco anos. O prazo mais curto saiu com yield de 2,9% e o mais longo, proporciona o retorno de 3,250%.

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Já a Eletrobras (ELET6) informou, na última quarta-feira (22), que também iniciou o processo de emissão de títulos de dívida no mercado internacional com valor que pode chegar a US$ 1,75 bilhão (R$ 7,32 bilhões), segundo o fato relevante divulgado pela companhia.

Bradesco quer permanecer com participação no IRB

O Itaú e o Bradesco já demonstraram o interesse em não se desfazerem das participações acionárias no ressegurador IRB Brasil Re (IRBR3). O prazo de 180 dias, período em que se comprometeram a continuar com as ações durante a oferta subsequente de ações (follow-on), realizada para a União desinvestir na empresa, termina no dia 22 de janeiro.

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Segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”, o que mantém Bradesco e Itaú atrelados ao IRB é o desenvolvimento da empresa e suas perspectivas futuras. Nos últimos 12 meses, os papéis da empresa apresentaram uma valorização de 57,02%.

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Junto a resultados melhores, a governança da companhia corporativa da companhia foi alterada, tornando-se uma “corporation“, com um controle pulverizado e não concentrado na mão de poucos sócios.

Além disso, um dos fatos que chamam a atenção do Itaú e do Bradesco é a contínua busca de novos mercados pelo IRB. Entre os alvos estão, sobretudo, as big techs com grande potencial de crescimento.

Jader Lazarini

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