‘Braço da Shein’: Coteminas (CTNM4) atrasa salários e demite em MG, segundo sindicato

Funcionários da Coteminas (CTNM4), Companhia de Tecidos Norte de Minas – braço da Shein no Brasil – de Montes Claros (MG), afirmam que a empresa não tem honrado com pagamentos de salários, não deposita o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e que há expectativa de demissões.

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As declarações foram dadas à Folha de S.Paulo. Segundo os funcionários, a dispensa deve ser parcelada em dez vezes, com as férias e a multa do FGTS acertadas apenas no último pagamento.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) acompanha o caso e abriu um procedimento para apurá-lo.

Os funcionários relatam que o salário de julho, que deveria ter sido pago há quase 15 dias – no dia 5 de agosto – ainda não foi depositado. Além disso, em julho o salário referente a junho só teria sido pago no fim do mês, no dia 27.

Vale destacar que ainda neste ano a Coteminas realizou diversas demissões, incluindo um desligamento em massa em Blumenau (SC), que deu fôlego para a companhia operar mais fortemente no Rio Grande do Norte (RN) – justamente onde a companhia opera para nacionalizar a produção da Shein.

A empresa é comandada por Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

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Veja mais demissões da Coteminas, braço da Shein no Brasil

A Companhia de Tecidos do Norte de Minas, ou Coteminas (CTNM4), formalizou a demissão de 721 funcionários de sua unidade em Blumenau (SC) ainda em julho deste ano.

A demissão em massa da Coteminas havia sido anunciada uma semana antes.

Segundo a organização sindical, a Coteminas ofereceu maquinário e um terreno de 24 mil m² como garantia de que pagará a rescisão das demissões. As negociações preveem que após o pagamento, o maquinário e o terreno – avaliado em R$ 30 milhões – voltem à posse da companhia.

As decisões recentes vão de encontro com um memorando divulgado pela Coteminas ao fim de abril, citando um entendimento para nacionalizar parte dos produtos que a Shein vende em solo brasileiro.

O impasse entre a gestão da Coteminas – por conta da demissão – e os sindicatos chegou a ficar muito acirrado. No início de julho foi feita uma assembleia na portaria principal da empresa, com oposição às novas medidas anunciadas.

Além disso, líderes sindicais citaram dificuldades nas negociações em relatos à imprensa.

Nos tribunais, o Sintrafite chegou a entrar com ação no MPT, que por sua vez recomendou que a Coteminas, braço da Shein no Brasil, não seguisse com a demissão em massa e minimize os impactos da crise financeira de outra forma.

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Eduardo Vargas

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