Bolsas em NY fecham dia mistas, mas têm 3ª semana seguida de quedas; veja os motivos

As bolsas de Nova York encerraram a sexta-feira, 18, com desempenho misto, culminando em uma terceira semana consecutiva de perdas acumuladas. A trajetória negativa reflete a crescente cautela diante da conjuntura econômica global, especialmente ampliada pela crise imobiliária na China, que se aprofundou nos últimos dias.

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O índice Dow Jones fechou com um pequeno aumento de 0,08%, atingindo os 34.501,88 pontos; o S&P 500 recuou ligeiramente 0,01%, fechando em 4.370,04 pontos; e o Nasdaq teve uma queda de 0,20%, chegando a 13.290,78 pontos. Em relação à semana anterior nas bolsas americanas, o Dow Jones caiu 2,21%, o S&P 500 perdeu 2,11% e o Nasdaq teve uma queda significativa de 2,59%. Isso coloca o índice Nasdaq em sua maior retração de três semanas desde dezembro de 2022, de acordo com os dados do Dow Jones Market Data.

“Podemos estar observando uma postura mais cautelosa em todo o mercado devido a sinais de um possível abrandamento do crescimento em uma escala mais ampla”, apontou Andrew Lawrence, CEO do Censo sobre o desempenho das bolsas em Wall Street.

O foco desta sessão foi direcionado para as notícias recentes de que a incorporadora chinesa Evergrande apresentou um pedido de recuperação judicial (capítulo 15) nos Estados Unidos. Além disso, a Bloomberg relatou um aumento no número de construtoras estatais listadas em Hong Kong e na China continental, que informaram perdas preliminares nos seis meses encerrados em 30 de junho.

Ao longo da semana, o mercado acionário norte-americano também enfrentou pressões decorrentes do aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro, com o título de 30 anos atingindo patamares recordes na quinta-feira.

“As ações do setor tecnológico foram particularmente sensíveis ao recente aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro”, observou a CMC Markets, mencionando a performance da Apple (AAPL34, 0,28%), que teve “a pior sequência semanal de perdas neste ano, acumulando sua terceira semana consecutiva de declínio”, e da Microsoft (MSFT34, -0,13%), que fechou sua “quinta semana consecutiva em baixa”.

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Nesta sexta-feira, as bolsas oscilaram perto da estabilidade, com uma tendência negativa predominante durante grande parte do dia. No entanto, os três principais índices ingressaram em terreno positivo durante os momentos finais do pregão. Contribuindo para a discreta alta do Dow Jones, a Walmart (WALM34) registrou um ganho de 1,44%, ainda impulsionada por seu balanço trimestral divulgado na quinta-feira, bem como por revisões positivas em relação ao preço-alvo de suas ações por instituições como UBS (UBSG34), Wells Fargo (WFCO34) e Morgan Stanley (MSBR34).

As ADRs chinesas tiveram um desempenho negativo, com JD.Com e PDD Holdings entre os piores resultados do Nasdaq, com quedas de 4,75% e 3,36%, respectivamente. A Moderna reverteu parte dos ganhos acumulados na quinta-feira, após o anúncio da eficácia de sua vacina mais recente contra as novas variantes da Covid-19. Como resultado, a empresa farmacêutica fechou o dia com uma perda de 4,35%. A Tesla (TSLA34, -1,70%) experimentou sua sexta sessão consecutiva de perdas nas bolsas de Nova York, sua maior sequência desde dezembro.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Com Estadão Conteúdo

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Marco Antônio Lopes

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