Bolsas da Europa encerram em queda repercutindo indicadores econômicos; Madri destoa e fecha em alta

As bolsas da Europa encerraram os pregões nesta terça (7) em baixa afetadas por indicadores negativos na zona do euro. Apenas a de Madri fechou em alta.

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Leituras de dados macroeconômicos na região impõem mais pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) na decisão de política monetária marcada para quinta-feira, avaliam investidores nas bolsas de valores europeias.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão em baixa de 0,49%, a 472,87 pontos.

Investidores nas bolsa da Europa seguem repercutindo uma sequência de indicadores divulgados no Velho Continente nos últimos dias, às vésperas da decisão do BCE. Nesta terça, pesquisa final confirmou crescimento de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre ante o primeiro, de acordo com a terceira e última leitura do dado, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia.

Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 14,3% entre abril e junho. Os dados finais ficaram acima das estimativas anteriores, que mostravam alta de 2% no confronto trimestral e acréscimo de 13,6% em relação a um ano antes.

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Produção industrial na Alemanha

Na Alemanha, a produção industrial de julho aumentou mais do que o previsto, mas o índice ZEW de expectativas econômicas recuou pelo quarto mês seguido em setembro, a 26,5 pontos. Para a Pantheon Macroeconomics, o resultado indica que a atividade na maior economia europeia atingiu o pico no terceiro trimestre.

A produção industrial da Alemanha cresceu 1% em julho ante junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira pela Destatis, a agência de estatísticas do país. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo de 0,7% no período.

Apenas a produção manufatureira aumentou 1,3% na comparação mensal de julho, enquanto o setor de construção mostrou expansão de 1,1%.

No confronto anual, a produção geral da indústria alemã deu um salto de 5,7% em julho no cálculo sem ajustes.

Já em relação a fevereiro de 2020, mês anterior às primeiras restrições impostas na Alemanha em função da pandemia de covid-19, a produção industrial da maior economia da Europa foi 5,5% menor em julho, informou a Destatis.

O índice de expectativas econômicas da Alemanha caiu de 40,4 pontos em agosto para 26,5 pontos em setembro, se enfraquecendo pelo quarto mês consecutivo, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo instituto alemão ZEW.

O resultado deste mês ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda do índice a 30 pontos.

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Por outro lado, o índice de condições atuais medido pelo ZEW seguiu apresentando melhora, ao avançar de 29,3 pontos em agosto para 31,9 pontos em setembro.

Números finais das bolsas europeias nesta terça (7)

Em meio a esse cenário, o índice DAX, referência na Bolsa de Frankfurt, recuou 0,56%, a 15.843,09 pontos.

Em Paris, o CAC 40 cedeu 0,26%, a 6.726,07 pontos, enquanto, em Milão, o FTSE MIB perdeu 0,72%, a 26.073,73 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,53%, a 7.149,37 pontos. A ação da Ryanair recuou 2,06% no mercado britânico, depois que a aérea anunciou o cancelamento de uma encomenda de aviões do modelo 737 Max da Boeing.

A companhia aérea irlandesa, maior cliente da Boeing fora dos EUA, abandonou conversas com o fabricante de aviões americano sobre uma possível nova encomenda de jatos 737 MAX, em meio a discordâncias sobre preços. A Boeing tem se esforçado para alcançar o concorrente europeu Airbus, depois de perder terreno na crucial categoria de aviões de corredor único.

A Ryanair, que tem sede em Dublin e é a maior companhia aérea da Europa em volume de passageiros, é um grande comprador do 737 MAX, tendo adquirido 75 unidades do jato no último ano.

Nos últimos dez meses, a Ryanair vinha discutindo com a Boeing (BOEI34) a possibilidade de fazer uma nova encomenda do 737 MAX 10, versão mais recente e maior do avião.

Analistas acompanhavam o contrato para avaliar a capacidade de a Boeing se recuperar após a série de problemas que afetaram o 737 MAX.

Na segunda-feira, (6) a Ryanair abandonou o diálogo com o argumento de que não conseguiria superar divergências com a Boeing em relação ao valor da encomenda. “Ambos os lados concordaram não perder mais tempo com essas negociações”, disse a empresa aérea.

Entre as praças ibéricas, o índice PSI 20, de Lisboa, diminuiu 0,96%, a 5.425,66 pontos.

Na contramão, o IBEX 35, de Madri, ganhou 0,14%, a 8.894,50 pontos, destoando da maioria das bolsas da Europa.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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