Bolsas asiáticas e europeias operam em direções opostas nesta segunda. Como virá o Ibovespa?

As bolsas asiáticas não registraram sinal único nesta segunda-feira (18), mas o tom negativo prevaleceu. Xangai e Tóquio estiveram entre as baixas, enquanto Seul foi exceção, com ganhos modestos.

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Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de sexta-feira (15) em queda de 0,49% aos 130.197,10 pontos.

A Bolsa de Xangai teve queda de 0,40%, para 2.930,80 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 1,25%, a 1.805,44 pontos. Papéis de semicondutores e empresas de telecomunicação pesaram, com LONGi Green Energy Technology em queda de 2,4% e Will Semiconductor, de 2,05%. Wingtech Technology caiu 2,3% e China Spacesat, 1,1%. Por outro lado, empresas de transporte marítimo de mercadorias subiram, com Cosco Shipping em alta de 6,0% e Ningbo Zhoushan Port, de 0,8%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,64%, em 32.758,98 pontos. A realização de lucros influiu, após um rali de ganhos visto nas últimas sessões. Ações ligadas ao consumo e do setor financeiro pegaram hoje, com Sony em baixa de 2,2%, Marubeni de 0,6% e Mitsui, de 0,8%. SMFG caiu 1,8% e Mizuho Financial, 1,3%. Já entre montadoras Toyota Motor avançou 0,7% e Nissan Motor, 1,5%. Investidores aguardavam decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), nesta terça-feira.

Ainda entre as bolsas asiáticas, em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 0,97%, a 16.629,23 pontos. O setor de semicondutores e papéis ligados ao consumo pesaram nesse mercado, com investidores à espera de mais estímulos de Pequim, em meio ao sentimento fraco sobre a perspectiva para a segunda economia global. Xinyi Solar liderou as perdas, em queda de 5,95%. Haidilao International e China Mengniu Dairy caíram 3,7% e 3,5%, respectivamente. Entre os poucos papéis que subiram, Orient Overseas (International) avançou 4,2% e Techtronic Industries, 3,6%, enquanto Alibaba ganhou 0,6%.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi registrou alta de 0,13%, em 2.566,86 pontos. Ações de varejistas e a entrada de capital de investidores estrangeiros sustentaram os ganhos, no mercado sul-coreano, mas o quadro geral foi misto. Posco subiu 2,0% e LG Chem, 1,0%, porém Samsung Electronics caiu 0,55% eKB Financial Group, 1,3%.

Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,12%, a 17.652,03 pontos.

Ainda nas bolsas asiáticas, na Oceania, na Bolsa de Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,22%, em 7.426,40 pontos, encerrando uma sequência de seis dias de ganhos. O pregão desta segunda-feira foi volátil na praça australiana. O setor financeiro caiu 0,2%, enquanto ações do setor de saúde e de consumo discricionário avançaram. Neuren Pharmaceuticals disparou 30%, como reação a testes bem-sucedidos, e Tabcorp subiu 23%, após a empresa de apostas e entretenimento assegurar uma licença lucrativa no Estado de Victoria, na Austrália.

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Bolsas da Europa operam sem direção única nesta segunda-feira

As bolsas europeias não exibem direção única, nas primeiras horas do pregão desta segunda-feira (18). A abertura foi negativa, mas Londres firmava ganhos, com Lisboa também em alta, enquanto Frankfurt ainda cai.

Confira os índices perto das 8h30 desta segunda:

  • Londres (FTSE100): +0,62%
  • Frankfurt (DAX): -0,25%
  • Paris (CAC 40): -0,23%
  • Madrid (Ibex 35): -0,10%
  • Europa (Stoxx 600): -0,01%

Na agenda, um dado confirmou o quadro fraco na Alemanha, enquanto na política monetária um dirigente do Banco Central Europeu (BCE) advertiu que o mercado estaria otimista em excesso quanto à perspectiva de relaxamento monetário mais adiante pela instituição.

Na agenda de indicadores, o instituto Ifo informou que seu índice de sentimento das empresas da Alemanha recuou de 87,2 (dado revisado nesta segunda, de 87,3 antes informado) em novembro a 86,4 em dezembro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 87,5.

O índice sobre as condições atuais caiu de 89,4 em novembro a 88,5 em dezembro e o de expectativas, de 85,1 a 84,3. O Commerzbank qualificou o Ifo como “um banho de água fria”, após o índice de sentimento das empresas no país ter avançado por duas vezes seguidas.

O Ifo segue em território de recessão e o PIB da Alemanha deve sofrer contração modesta no quarto trimestre deste ano e também no primeiro trimestre do ano seguinte, acredita o banco. O Commerzbank projeta contração de 0,3% para o PIB alemão em 2024.

Entre dirigentes do BCE, Bostjan Vasle disse à Reuters que o mercado se mostra otimista em demasia quanto à perspectiva de cortes de juros pelo banco central, diante de uma inflação ainda persistente e acima da meta de 2% do BCE. Na agenda desta segunda, mais dirigentes do BCE têm eventos públicos hoje, entre eles o economista-chefe, Philip Lane.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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