Crescer muito (e rápido): Blue3 Investimentos mira em forte expansão física e financeira

“Somos condenados a crescer.” A frase de impacto dita pelo CEO da Blue3 Investimentos, Wagner Vieira, diz, segundo ele, muito sobre a empresa. Com um foco objetivo e estratégico em expansão e inovação, a assessoria premiada como Melhor Escritório do Brazil Awards de 2021 continua batalhando para levar os investimentos de seus clientes a patamares mais elevados.

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Chamada de BlueTrade Investimentos até julho de 2021, a empresa começou na cidade de Franca, no interior do estado de São Paulo. Foi fundada em 2009, com sua operação conectada com o suporte ao AAI (Agente Autônomo de Investimento), que contempla desde brokers até mesa de alocação.

Com a mudança do nome, a empresa passou a apostar ainda mais na solidificação de uma trajetória bem-sucedida de expansão. No início de abril deste ano, a Blue3 anunciou que bateu a marca de R$ 16 bilhões em custódia, com aproximadamente 20 mil clientes ativos, em 15 cidades diferentes.

Um novo plano de expansão está borbulhando na Blue3 Investimentos: em 2025, a previsão é de chegar aos R$ 100 bilhões sob custódia, além da meta de triplicar o número de agentes autônomos. Wagner Vieira diz que esse potencial de crescimento é o que o brasileiro possui na hora de investir.

Wagner tem um objetivo muito evidente para o mercado financeiro: quer levar os clientes de gerentes de bancos, acostumados a indicar aportes, para lidar com a expertise dos profissionais de escritórios de investimentos. “Hoje o mercado financeiro tem pouco mais de R$ 10 trilhões, [espalhados] em vários bancos. Desses R$ 10 trilhões, a XP Investimentos tem R$ 800 bilhões, ou seja, 8% da fatia do mercado, do marketshare. É pouco”, observa.

Esses números refletem como a Blue3 Investimentos definiu seu plano de crescimento. Hoje, a companhia visa o aumento de 530% no valor de ativos sob custódia, 350% em número de clientes e 189% na entrada de agentes autônomos de investimentos em um período mais curto. O objetivo é chegar lá até 2023.

“Então não é nada, da pizza a gente só comeu a azeitona”, afirma Wagner, bem-humorado. Ele destaca ainda que os clientes vão sair do banco, sim.

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“A gente já viu isso nos Estados Unidos, na Europa. Somos condenados a crescer”, declara. ”Olhar hoje para o Brasil é olhar para o retrovisor dos EUA na década de 80. Ou seja, já está acontecendo e ainda vai crescer”.

O CEO da Blue3 Investimentos definiu a história da assessoria de forma muito simples. Em 2009, após formar a parceria com a XP, viagens e estudos foram feitos para entender o que estava sendo feito no mercado financeiro lá fora.

Ele explica que esse passo foi crucial para a expansão inicial da companhia, quando decidiram desenvolver o modelo de shopping financeiro no Brasil, entre 2010 e 2011. “Fomos aos EUA estudar como funcionava o modelo junto com a XP, e percebemos que mais de 95% do dinheiro dos americanos se encontrava nas corretoras, e só 5% nos bancos. Aqui era o oposto”, afirma.

O passo tecnológico parecia ainda mais importante, pois as corretoras são plataformas abertas. Portanto, por meio de uma única conta, o cliente tinha acesso a todos os produtos no mercado. Na época, isso era impensável aqui.

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Então, com o conceito de shopping financeiro e as novas tecnologias, os clientes da Blue3 podem acessar qualquer tipo de produto disponível. Fundos, previdência, ações, internacional ou nacional, e as opções são independente do tipo de perfil, objetivo de carteira, portfólio. É democrático: todos são aceitos e todos podem participar.

Modelo híbrido da Blue3 Investimentos

A Blue3 Investimentos tem um Net Promoter Score (NPS), índice que mede o nível de satisfação dos clientes, de 94,5, com a pontuação máxima de 100.

Wagner Vieira acredita em honestidade e transparência aos seus clientes e vê o perfil deles mudando devagar. Atualmente, vê majoritariamente homens acima de 50 anos, com perfil conservador, que gostam de investimentos mais sólidos sobre um dinheiro que foi construído durante muitos anos.

Percebe, porém, que há uma mudança vindo para a Blue3 com gente mais jovem, que montou uma startup de sucesso ou recebeu uma herança, mais disposta a diversificar e ter investimentos internacionais.

O escritório de investimentos atende principalmente clientes de alta renda, com um modelo “híbrido”, com assessores e especialistas para serem visitados presencialmente — o que é mais comum e preferível nas unidades interioranas –, e o novo segmento online, a Blue3 Digi, que atende qualquer investidor, independente de sua localização, com qualquer valor. “Esse cliente pode investir com R$ 10 mil, R$ 30 mil”, diz o CEO.

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O novo segmento é importante para a evolução da empresa, mas o físico ainda é o forte. “O brasileiro ainda está aprendendo a investir melhor hoje. Muitas pessoas não investem pela internet porque querem [contato] olho no olho. Então a expansão física ainda é muito forte”, afirma Wagner.

Planos de expansão

A Blue3 atua hoje em 12 cidades e 14 unidades, sendo a de Franca a unidade do segmento digital e o Centro de Inteligência e a sede em Ribeirão Preto.

Forte no estado de São Paulo, tem unidades em São Paulo (capital), Franca (SP), São José do Rio Preto (SP), Bauru (SP), Marília (SP), Uberlândia (MG), Patos de Minas (MG), Uberaba (MG), Rio de Janeiro (capital), Goiânia (GO) e Brasília (DF).

Com uma contínua linha construída no interior de São Paulo, os planos se mantêm por ali: uma unidade está sendo planejada em Campinas e uma em São José dos Campos, com previsão ainda no primeiro semestre do ano.

Entre as capitais, a próxima da lista a ser inaugurada fica em Belo Horizonte, Minas Gerais. Já no processo de implantação, a conclusão prevista para a unidade é ainda em abril.

Já fora do Centro-Oeste e Sudeste, a primeira capital do Sul a ganhar uma Blue3 Investimentos é Curitiba, com uma estimativa para o segundo semestre de 2022. Outra que vai entrar nesse período é Sorocaba (SP). Wagner destaca que, para o ano que vem, o foco é o Nordeste.

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Victória Anhesini

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