Bancos brasileiros têm exposição à Rússia três mil vezes menor que os americanos

Enquanto os bancos americanos tem US$ 14,7 bilhões em empréstimos, derivativos e ativos financeiros expostos ao risco-Rússia, no Brasil, as instituições financeiras têm uma exposição de US$ 5 milhões, valor cerca de 2,8 mil vezes menor, segundo publicado pela Coluna do Brodcast.

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Os levantamento foi feito com base em dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Ainda que o valor do risco dos bancos americanos seja considerado baixo por analistas do mercado financeiro, especialistas alertam para a falta de transparência na divulgação dos números.

Entre as instituições bancárias nos Estados Unidos, o Citi tem a maior exposição das instituições financeiras – fato que surpreendeu o mercado -, de US$ 10 bilhões. Na Rússia, o banco opera por meio de uma subsidiária que usa o rublo russo como principal moeda.

Segundo comunicado à Securities and Exchange Commission (SEC, que regula o mercado de capitais nos EUA), o Citi disse que “continua a monitorar a atual situação geopolítica Rússia-Ucrânia, assim como as condições econômicas, e mitigará suas exposições e riscos conforme apropriado”.

Além do Citi, o Goldman Sachs revelou exposição total de US$ 650 milhões à Rússia e de US$ 236 milhões à Ucrânia. Já o New York Mellon Corp. tinha exposição de US$ 100 milhões no fim do ano passado. Wells Fargo e JPMorgan não incluem a Rússia no ranking de países com maior exposição.

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No topo da lista dos maiores credores da economia russa estão os bancos europeus, geograficamente mais próximos e mais expostos. Os bancos da Itália, França, Holanda e Áustria somam pelo menos US$ 75 bilhões em exposição à Rússia. O número pode ser maior, uma vez que alguns bancos não revelem suas exposições diretas.

Ao todo, a exposição de bancos estrangeiros à Rússia é de US$ 90 bilhões, dos quais, US$ 30 bilhões são financiados pelos próprios bancos russos. A exposição consolidada do país é de US$ 122 bilhões.

Com o aumento das sanções econômicas à Rússia e congelamento de ativos em resposta à invasão da Ucrânia, investidores seguem atentos à exposição russa com medo de um possível calote nas contas, ou pelo menos frustração dos investimentos.

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Pedro Caramuru

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