Conselho do Banco do Brasil (BBAS3) firma apoio à reestruturação e desmente demissão de Brandão

O Banco do Brasil (BBAS3) desmentiu nesta quinta-feira (21) as notícias recentes de que houve pressão por parte do Governo Federal pela demissão de André Brandão, atual presidente da instituição. O Conselho da Administração afirmou que nada foi comunicado de forma direta ao banco e que a reestruturação da instituição, apontada como a principal causa para o desligamento, transitou por toda governança da companhia, inclusive no Ministério da Economia.

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Uma semana antes da notícia da demissão de André Brandão circular, o Banco do Brasil havia anunciado que fecharia 361 unidades físicas da empresa e que abriria dois programas de demissões voluntárias para desligar até cinco mil funcionários.

Segundo a ata da reunião, medidas como a restruturação anunciada recentemente, env0lvendo corte no quadro de funcionários e o fechamento de agências, vêm sendo tomadas já há algum tempo.

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“Alinhado às melhores práticas de mercado, o BB vem adotando programas de aposentadoria/desligamento e de ajustamento de quadros (PAQ) ao longo dos últimos anos, contando com a adesão de 17.482 funcionários desde 2015”, afirma a ata da reunião extraordinária.

Conselho afirma que modernização do Banco do Brasil é necessária

O Programa de Adequação de Quadros, segundo o documento, foi aprovado em 2019 e pode ser acionado sempre que decisões organizacionais impactarem na questão de empregados. O plano propõe e estimula que funcionários com mais tempo de casa, e com tempo contribuição suficiente, se aposentem de forma voluntária com o fim de abrir espaço para jovens menos custosos e mais bem preparados ao mundo digital.

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“O Banco do Brasil sabe que a automação, a incorporação de TI e a super digitalização de processos são inexoráveis no setor financeiro”, afirma a declaração assinada pelos conselheiros.

O Conselho de Administração do Banco do Brasil defendeu também a reorganização da rede de atendimento, que seria apenas uma adaptação ao novo comportamento de clientes. Segundo o grupo, a especialização do atendimento e amplificação da oferta de soluções digitais é algo necessário para potencializar “a satisfação e a fidelização” dos clientes. Além disso, as iniciativas geram economia líquida. Apenas em 2021, ela é estimada em R$ 353 milhões. Para os próximos cinco anos, o aguardado é um corte de R$ 2,7 bilhões em custos.

As notícias divulgadas recentemente, segundo o conselho do Banco do Brasil, não passariam de especulações. O banco afirma não ter recebido nenhuma notificação por parte do Governo Federal, seu controlador.

A reação negativa do mercado às notícias, entretanto, segundo o conselho, mostra que o Banco do Brasil deve continuar buscando maior eficiência, austeridade e  se encaixar como um player competitivo, especialmente quanto à transformação tecnológica.

 

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Vitor Azevedo

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