Balanços da semana

Banco do Brasil (BBAS3): lucro recorde impressiona XP e BofA, que recomendam compra

Após anunciar lucro recorde de R$ 5,2 bilhões no terceiro trimestre de 2021, o balanço trimestral do Banco do Brasil (BBAS3) surpreendeu positivamente os analistas do mercado financeiro. Com isso, especialistas da XP Investimentos recomendam a compra de ações do BB pelo preço-alvo de R$ 52. O Bank of America também manteve recomendação, a R$ 44, enquanto a Genial Investimentos cravou preço-alvo menor, de R$ 34,30.

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O lucro do Banco do Brasil no período foi bem acima do consenso de mercado (15% superior), que apostava em R$ 4,55 bilhões. Na comparação anual, o resultado foi 48% maior, “impulsionado pela aceleração da margem financeira bruta (receita com juros) que cresceu 11,9% a/a e 9% t/t. Os destaques da margem foram o forte resultado de tesouraria, que avançou 88,2% a/a e 65% t/t, e também a receita de empréstimos que acelerou para 11,9% a/a”, disse a Genial.

O BofA destaca que, com o bom resultado, o BB aumentou sua guidance para 2021 pelo segundo trimestre consecutivo. A nova expectativa de lucro líquido agora varia de R$ 19 a 21 bilhões (antes R$ 17 a 20 bilhões), sustentada por um maior crescimento da margem financeira de 4-6% (antes 1-4%), e crescimento da carteira de crédito de 14-16% (antes 8-12%). O ponto médio do novo guidance de lucro líquido de R$ 20 bilhões é 8% superior ao anterior e 6% acima da projeção do banco americano (de R$ 18,9 bilhões).

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“Acompanhando o forte crescimento da carteira, o BB aumentou o provisionamento, o que levou a um índice de cobertura de 323%, muito superior aos seus pares privados — 250% do Santander (SANB11), 297% do Bradesco (BBDC4) e 234% do Itaú (ITUB4). Além disso, no trimestre a inadimplência do BB caiu para 1,8%, corroborando nossa visão de que o Banco do Brasil possui uma carteira mais defendida e mais bem preparada para cenários mais difíceis”, constatou a XP.

Mas a Genial também citou três fatores que podem se mostrar como obstáculos para o banco no futuro próximo. São eles:

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  • Margem de tesouraria: apesar do avanço da margem financeira, grande parte do resultado advém da margem com a tesouraria, que não deve se sustentar.
  • Dissídio: reajuste de salário de bancários, apesar de ainda não impactar a totalidade do 3T21, deve ter um efeito superior no 4T21.
  • Eleição 2022: incertezas relacionadas ao ano eleitoral devem justificar continuidade do desconto do BB.

Banco do Brasil aprova JCP bilionário

O BB divulgou na última segunda-feira (8) que aprovou a distribuição de R$ 1,1 bilhão a título de remuneração aos acionistas, sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). O valor unitário será de R$ 0,39.

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Segundo o comunicado, o JCP do Banco do Brasil será pago no dia 30 de novembro. Serão considerados para o recebimento do valor os investidores com ações do BB até o final do pregão do dia 22. A partir do dia seguinte, 23, as ações serão negociadas como “ex-JCP”.

Adicionalmente, o Banco do Brasil também informa no documento que R$ 527 milhões foram pagos, em 30 de setembro, como remuneração aos acionistas sob a forma de JCP, conforme Fato Relevante publicado em agosto.

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Bruno Galvão

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