Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro líquido de R$ 3,5 bi no 3T20; queda de 23,3%

O Banco do Brasil (BBAS3) informou, na manhã desta quinta-feira (5), que teve um lucro líquido ajustado de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado equivale a uma queda de 23,3% sobre o registrado no mesmo período do ano passado, mas um avanço de 5,2% em comparação ao segundo trimestre deste ano.

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No comparativo do acumulado de nove meses, o Banco do Brasil apresenta um lucro líquido de R$ 10,2 bilhões, um recuo de 22,9% sobre o registrado durante os nove primeiros meses de 2019. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) ficou em R$ 2 bilhões neste trimestre.

Segundo o banco, a provisão foi 40,5% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PDD recuou 6,8%. No acumulado dos nove meses, as provisões atingiram R$ 16,9 bilhões neste ano, crescimento de 47,9% sobre o mesmo período do ano passado.

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A instituição pontuou, entretanto, que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao segundo trimestre, ficando em 2,43%. No acumulado de janeiro a setembro, as antecipações prudenciais totalizaram R$ 6 bilhões.

O Banco do Brasil também salientou o resultado estrutural, que não sofre o efeito das provisões, que a apresentou crescimento no terceiro trimestre — a despeito da queda do lucro líquido. O resultado avançou 5,3% no trimestre, encerrando em R$ 10,8 bilhões, e avanço de 9,5% no acumulado de nove meses, com R$ 32,8 bilhões.

De acordo com a instituição, “influenciaram essa performance o crescimento da carteira de crédito com um mix adequado, o controle de despesas e a redução de despesas com risco legal”.

Carteira de crédito do Banco do Brasil

A direção do banco estatal comentou que a carteira de crédito cresceu 6,4% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 730,9 bilhões, “com destaque para desempenhos Pessoa Física, MPME e Rural“, que cresceram 6,2%, 17,9% e 5,3%, respectivamente, “evidenciando a estratégia do BB de alteração do mix da carteira”.

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No segmento de Pessoa Física, o destaque positivo ficou por conta do crédito consignado, que avançou 15,2% em 12 meses. A carteira de crédito ampliada PJ cresceu 7,9%, totalizando R$ 274,6 bilhões. Já na carteira rural atingiu R$ 173 bilhões. Destaque para as linhas de custeio agropecuário (+16%) e investimento agropecuário (+28,9%).

Receitas e rentabilidade

Segundo o documento do Banco do Brasil apresentado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as receitas com prestação de serviços seguiram pressionadas pelo cenário econômico no terceiro trimestre, mas alguns dos segmentos bastante representativos para o resultado da instituição apresentaram crescimento significativo.

Em 12 meses, as receitas com seguros, previdência e capitalização avançaram 11,2% no trimestre e 7,3% no acumulado anual. Com cartão de crédito e débito, as receitas cresceram 5,6% no terceiro trimestre, mas recuam 1,7% nos nove meses. Os consórcios, por sua vez, aumentaram 26% na comparação trimestral de ano a ano, e 13,2% no acumulado anual, atingindo R$ 1 bilhão, um recorde histórico de vendas.

As despesas administrativas do banco cresceram 1,6% no trimestre e 2,3% na visão acumulada dos nove meses. O banco pontua que o crescimento desse tipo de despesa avançou de forma menos intensa do que a inflação do período, que ficou em 3,14%.

O índice de Basiléia do Banco do Brasil atingiu 21,21% em setembro, sendo 13,11% de capital principal. O Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) no trimestre alcançou 12%.

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Jader Lazarini

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