Banco do Brasil (BBAS3): XP ‘aumenta aposta’ em dividendos
Em novo relatório sobre sua carteira de dividendos, a XP elevou a posição em ações do Banco do Brasil (BBAS3) de 10% para 15%, tornando-a a segunda empresa com uma fatia deste patamar na carteira – ante 5% ou 10% para as demais recomendações.
Atualmente a casa mantém recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61, ao passo que os papéis são negociados pouco acima de R$ 50.
Sobre os dividendos do Banco do Brasil, a XP destaca o patamar do dividend yeidl (DY) de cerca de 10% dos papéis.
Vale destacar que, simultaneamente ao aumento da recomendação de BBAS3 na carteira de dividendos, os especialistas cortaram o peso da posição em Itaú (ITUB4) de 15% para 10%.
“Embora mantenhamos a visão positiva de ambos os nomes, em grande parte devido ao momento operacional positivo, vemos as ações do BBAS3 negociando com múltiplos excessivamente descontados dados os níveis atuais de ROEs entregues por ambos. Por fim, esperamos um dividend yield maior para o BB nos próximos anos”, diz a casa.
Veja a carteira de dividendos da XP:
- Banco do Brasil (BBAS3): 15%
- Engie (EGIE3): 15%
- Copel (CPLE6): 10%
- Gerdau (GGBR4): 10%
- Itaú (ITUB4): 10%
- Klabin (KLBN11): 10%
- Petrobras (PETR4): 10%
- Tim (TIMS3): 10%
- Isa CTEEP (TRPL4): 5%
- Auren (AURE3): 5%
Banco do Brasil aumentará payout?
Segundo análise da XP, a tese é de que a distribuição de dividendos do banco deve se tornar relevante, pois o banco deve aumentar seu Payout em um cenário de maior capitalização, manutenção da tendência positiva de lucros e defensividade da carteira de crédito refletida em menores índices de inadimplência.
“Acreditamos que a carteira do BB seja defendida com uma margem financeira estável nas carteiras de crédito rural, consignado e CDC para funcionários públicos. Além disso, o banco também é menos dependente de volumes de varejo e tem uma base de clientes mais protegida”, diz a casa.
“O banco também possui índice de cobertura acima de 90 em níveis confortáveis, boa adequação de capital com índice de capital nível I de 15%, a melhor liquidez dos últimos anos e uma baixa exposição ao câmbio”, completa.
A XP, por fim, destaca que o Banco do Brasil também está mais protegido contra interferências políticas por meio de comitês de capital e da Lei das estatais.