Ações do Banco do Brasil caem após discurso de Bolsonaro

As ações do Banco do Brasil (BBBAS3) estão caindo nesta segunda-feira (29) na Bolsa de Valores de São Paulo. A queda foi gerada por um discurso público do presidente da República, Jair Bolsonaro, que pediu para reduzir a taxa de juros para o setor agropecuário.

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Bolsonaro discursou durante a Agrishow, feira do setor agropecuário que acontece em Ribeirão Preto (SP). O presidente da República fez um pedido para o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para que reduza os juros para empréstimos agropecuários.

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“Eu faço um apelo para o seu coração e seu patriotismo para que esse juros, tendo em vista que você é cristão, para que esse juros caiam um pouco mais”, afirmou Bolsonaro.

Ações em queda 

Após a fala de Bolsonaro, as ações do banco estatal, que abriram em alta de 1,9% nesta manhã, caíram cerca de 1%. Por volta das 12:30 os papéis chegaram a ,recuar 0,70%, a R$ 49.

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A medida é parecida com outra intervenção no banco, realizada em 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff. Naquela ocasião o Palácio do Planalto tinha intervindo na estratégia dos bancos públicos, como o Banco do Brasil, para forçar a redução dos juros. Analistas e economistas consideraram aquela decisão como “populista”.

Nova linha de crédito

Durante seu discurso, Bolsonaro também prometeu uma nova linha de financiamento de R$ 1 bilhão por parte do Banco do Brasil para a compra de máquinas. Além disso, ele explicou que outro R$ 1 bilhão deverá ser liberados pelo ministério da Fazenda para o seguro rural.

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O presidente também afirmou que seu governo está fazendo estudos para conceder e privatizar portos. Ele salientou como a propriedade privada é sagrada.

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Essa é a segunda vez em duas semanas que o presidente intervêm na gestão do Banco do Brasil. Na semana passada, Bolsonaro já havia vetado uma propaganda que representava jovens de diversos grupos sociais, étnicos e de orientação sexual. Entretanto, naquela ocasião a intervenção do presidente não teria gerado algum impacto para o banco.

Carlo Cauti

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