Ânima (ANIM3) tem prejuízo no 2T22 após aquisições
A holding Ânima (ANIM3), do segmento de educação, reverteu o lucro registrado no ano passado e fechou o segundo trimestre de 2022 com prejuízo de R$ 24 milhões, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira (15) pela companhia. A queda está relacionada ao aumento de despesas com as aquisições realizadas pelo grupo.
Em 2021, a Ânima adquiriu os ativos do grupo educacional Laureate, dona da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e de cerca de outras dez instituições de ensino pelo país, segundo o resultado do 2T22 da Ânima.
“A queda do Lucro Líquido Ajustado se deve principalmente pelas maiores despesas financeiras, resultado dos empréstimos para viabilizar a aquisição das unidades em integração junho/21 e posterior subida do CDI para 13,25% até o final do 2T22″, explica o balanço da Ânima.
Apesar do prejuízo, a holding registrou resultados positivos no Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda), que avançou 70,3% no segundo trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 272,6 milhões.
A receita líquida também subiu 57,8% em um ano, passando de R$ 576,9 milhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 910,5 milhões no mesmo período deste ano.
Balanço da Ânima mostra que evasão de alunos presenciais diminuiu
A base de alunos do grupo cresceu 2,8% no último trimestre, com 329.186 estudantes. Parte desse aumento se deve à à entrada de alunos após a divulgação do período de captação dos cursos de medicina e à redução em 6,1% da evasão de alunos presenciais no trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A receita líquida do ensino digital foi a que mais cresceu, com alta de 301,6% em relação ao segundo trimestre de 2021, atingindo R$ 58,3 milhões.
A graduação do curso de Medicina, chamada de Inspirali, vem em seguida, com alta de 114,7% e uma receita líquida de R$ 273,2 milhões.
Ainda de acordo com o balanço da companhia, o Ânima Core, que é a graduação presencial, exceto cursos de Medicina, pós-graduação stricto sensu, ensino básico e técnico, avançou 33,4%, com receita líquida de R$ 540,6 milhões no 2T22.
