B3 (B3SA3) supera expectativas, mas despesas operacionais desagradam; ação afunda 6%

A ação da B3 (B3SA3) despenca na tarde desta quinta-feira (12) após a divulgação dos resultados trimestrais da empresa de infraestrutura de mercado financeiro. O balanço desapontou analistas quanto à linha de despesas operacionais — mas, no consolidado, os números superaram expectativas.

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Por volta das 16h40, a ação ordinária da B3 operava em baixa de 7,91%, cotada a R$ 13,86, entre as maiores quedas do Ibovespa.

A B3 reportou um lucro recorrente de R$ 1,23 bilhão, crescimento de 21,6% ante mesmo período de 2020. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente expandiu 30,6% na mesma base, atingindo R$ 1,85 bilhões.

Em relatório, XP destacou como a B3 continuou a se beneficiar do elevado Volume Médio de Negociações Diárias (ADTV), depois de 13 ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) e 10 follow-ups no trimestre. O aumento de receitas em todos os segmentos também melhorou o resultado. A receita líquida da empresa ficou em R$ 2,68 bilhões, uma alta de 25,7%.

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Mesmo assim, o aumento — impulsionado por reajustes salariais, bônus e despesas não recorrentes — de 32,6% nas despesas de pessoal e encargos desagradaram os analistas da corretora. A B3 ainda elevou o guidance de despesas operacionais ajustadas para o ano, para uma projeção entre R$ 1,29 e R$ 1,34 (frente a R$1.225 milhões-R$1.275 milhões).

“No geral, apesar das surpresas negativas, os resultados ficaram acima das expectativas do mercado,” escreveram os analistas Marcel Campos, Vitor Pini, Matheus Odaguil e Artur Alves.

A XP tem recomendação Neutra para B3, com preço-alvo de R$ 21,7 por ação.

Ativa vê resultado sólido e mantém compra para B3

Na análise da Ativa Investimentos, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou um desempenho positivo no trimestre, apesar das maiores despesas operacionais.

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Além do avanço do segmento Listado, a corretora ressaltou o crescimento do segmento de Tecnologia, dados e serviços, cuja receita líquida expandiu 24,3% na base anualizada, impulsionada pelo aumento de 14,9% na base de clientes que acessam as plataformas do segmento Balcão e pela correção anual dos preços pelo IPCA.

“A B3 segue apresentando resultados muito sólidos. O seu modelo de negócio diversificado e verticalizado somado a um cenário setorial de baixa concorrência e alto potencial de crescimento fazem com que mantenhamos nossa recomendação de COMPRA para o ativo.” A Ativa sustenta um preço-alvo de R$ 22,00 para a companhia.

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Arthur Guimarães

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