B3 (B3SA3): volume da bolsa só deve melhorar com Selic de um dígito, diz Goldman Sachs

Os analistas do Goldman Sachs cortaram o preço-alvo da B3 (B3SA3) para R$ 14,50 – ante R$ 14,80 anteriormente – com recomendação neutra, destacando que o volume só deve subir significativamente quando a taxa básica de juros ficar abaixo de 10%.

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O relatório do Goldman Sachs sobre as ações da B3 se deu logo após uma conversa com executivos da companhia, incluindo o CFO, Andre Milanez, e o RI, Leandro Rissato.

“Apesar de volumes possivelmente não aumentarem de forma significativa até que os juros (ou a taxa Selic) caiam abaixo de 10%, a administração acredita que as aquisições ainda podem ser adicionar valor e está focada em extrair sinergias no lado dos custos e das receitas”, afirmam.

“Além disso, a gestão segue empenhada em devolver capital aos acionistas sob a forma de dividendos e recompras”, completam.

Os analistas continuam com estimativa de que a companhia da bolsa de valores feche o ano com R$ 8,9 bilhões de receita líquida e R$ 4,2 bilhões de lucro líquido.

Essas projeções são marginalmente menores do que as anteriores, que contemplavam R$ 9,11 bilhões de receita e R$ 4,31 bilhões de lucro líquido.

Apesar da recomendação neutra, os analistas consideram B3SA3 um papel ainda relativamente defensivo e com patamares de geração de caixa considerados saudáveis.

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A cautela é justificada pelo receio com a recuperação dos volumes de negociação.

“A administração continuará a devolver capital aos investidores. Primeiro, maximizando o quanto pode pagar através de juros sobre o capital próprio (JCP). Após isso será uma combinação de recompras e dividendos”, observa o Godlman Sachs.

“A empresa está distribuindo cerca de R$ 5,5 bilhões aos acionistas este ano. Isso é direcionando mais para recompras do que dividendos da B3 com a divisão de cerca de 60% em recompras e os 40% restantes são juros sobre capital próprio e dividendos”, completa.

Desempenho das ações da B3

As ações da B3 sobem 15% no acumulado dos últimos 30 dias. Desde o início de 2023, os papéis da companhia acumulam alta de 6%.

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Eduardo Vargas

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