Em plena recuperação judicial, Azul (AZUL4) entrega EBITDA acima de 34%
Se o investidor achou que o ano já tinha acabado para o mercado financeiro, pensou errado. A Azul (AZUL4) fechou novembro com um desempenho operacional forte e mostrou que ainda há números relevantes antes do apagar das luzes de 2025. Mesmo em meio ao processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a companhia aérea apresentou EBITDA ajustado de R$ 621,8 milhões, com margem de 34,2%, segundo relatório entregue à corte de Nova York.
Os dados fazem parte do relatório operacional mensal exigido no âmbito do Chapter 11, referente ao período de 1º a 30 de novembro de 2025. No documento, a Azul detalha sua evolução financeira em um momento marcado por ajustes de capacidade, foco em preservação de caixa e reorganização do negócio.
A receita líquida totalizou R$ 1,817 bilhão no mês. Já o resultado operacional ajustado, desconsiderando itens não recorrentes ligados à reestruturação, somou R$ 392,1 milhões, o equivalente a uma ;margem operacional de 21,6%.
Azul (AZUL4) sustenta margens elevadas mesmo durante o Chapter 11
O principal destaque do relatório foi a rentabilidade. A margem EBITDA ajustada de 34,2% em novembro reforça a capacidade da Azul de gerar caixa operacional mesmo em um contexto de recuperação judicial.
Ao fim do mês, a companhia reportou R$ 1,348 bilhão em caixa e equivalentes de caixa, além de R$ 3,749 bilhões em contas a receber, números que ajudam a sustentar a liquidez no curto prazo enquanto o processo de reestruturação avança nos Estados Unidos.
A empresa ressalta que as informações divulgadas são preliminares e não auditadas, elaboradas exclusivamente para atender às exigências do tribunal americano. Por isso, não devem ser comparadas diretamente com demonstrações financeiras completas divulgadas ao mercado.
Ainda assim, os dados funcionam como um termômetro importante da execução operacional da companhia em um período sensível, marcado por renegociação com credores e ajustes internos.
Resultado de novembro mantém sequência operacional positiva
O desempenho de novembro dá sequência a um segundo semestre mais consistente. Em outubro, a Azul havia reportado EBITDA ajustado de R$ 716,4 milhões, com margem de 37,7%, indicando uma manutenção de níveis elevados de rentabilidade operacional.
Para o investidor, a principal leitura é que a Azul tem conseguido proteger margens e gerar caixa enquanto conduz seu processo de reorganização financeira. A divulgação mensal, embora não substitua os balanços tradicionais, ajuda a acompanhar a evolução da empresa ao longo do Chapter 11.
No relatório encaminhado à Justiça dos Estados Unidos, a Azul (AZUL4) afirma que “divulgou informações financeiras consolidadas preliminares e não auditadas com o objetivo de manter o mercado informado sobre a evolução de sua posição financeira e operacional durante todo o seu processo de reestruturação”, destacando que seguirá apresentando relatórios mensais à corte.