Azul (AZUL4) começa a usar aviões somente para transporte de cargas

A Azul (AZUL4) comunicou nesta terça-feira (12) que iniciou a utilização de aeronaves de passageiros exclusivamente para o transporte de cargas.

A ação da companhia aérea ocorre em meio a procura por modos de rentabilizar sua frota, qual permaneceu paralisada desde a adoção das medidas de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.

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Conforme comunicado da empresa, a Azul informou que adaptou a aeronave A320Neo, qual dispõe de 174 assentos, para carregar sete toneladas de cargas. O transporte utilizará o porão da aeronave, assim como a área dos assentos e dos compartimentos superiores. A companhia obteve autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a ação.

A operação inicial com essas características foi realizada no último sábado (9), a partir do trajeto Campinas-Belém. Segundo a Azul, a unidade cargas apresenta nova aeronaves, os quais tem sido utilizados para o carregametno de artigos essenciais de combate na pandemia do novo coronavírus, como medicamentos e equipamentos de proteção individual (EPIs).

Azul registra queda de 90% na demanda em abril

As companhia aéreas e as fabricantes de aeronaves integram um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo.

Na última segunda-feira (11), a Azul divulgou os dados de tráfego referentes ao mês de abril. De acordo com o relatório da companhia, a demanda total por voos, em RPK (indicador que traduz a porcentagem de passageiros por quilômetro transportado), registrou queda de 90%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Saiba mais: Azul (AZUL4): em abril, demanda por voos caiu 90%

A empresa também informou que a capacidade foi reduzida em 87,7% no período. Isso fez com que a ocupação total caísse para 68,8%, ante 84,4% durante o mesmo período do ano passado.

Em nota da Azul, o CEO, John Rodgerson, afirmou que “acreditamos que estamos próximos a atingir um ponto de inflexão na demanda e esperamos retornar gradualmente nossos voos nos próximos meses”.

Arthur Guimarães

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