O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária, afirmou nessa terça-feira (8), que a ideia é apresentar o texto que consolida as propostas da reforma até o final desse mês.
As propostas da reforma tributária, que está em tramitação no Congresso, são as PECs 45 e 110 e o projeto do governo sobre unificar PIS e Cofins na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Durante um debate promovido por empresas de telecomunicações, conhecido como ‘Telebrasil’, Ribeiro destacou que “a ideia é construir um texto para apresentar até o fim do mês … A ideia é apresentar relatório que consiga mitigar todas essas distorções tributárias em direção a um sistema tributário que traga um melhor ambiente de negócios e crescimento econômico“.
Além disso, o relator da reforma apontou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá papel importante no andamento da pauta.
O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, por sua vez, disse que o Brasil está vivendo o melhor momento para prosseguir na reforma do sistema tributário. Hartung também estava presente no evento dessa terça-feira.
Segundo o ex-governador, “o ambiente é bom no Congresso, é bom na sociedade”. O político ainda comentou sobre o apoio público à aprovação da reforma da Previdência.
Hartung também afirmou que a reforma tributária deve dialogar com a reforma administrativa, em favor de um Estado mais leve, digital e em que ofereça contrapartidas à sociedade.
Reforma tributária pode elevar PIB per capita em 4,2%
Economistas do Itaú Unibanco (ITUB4) divulgaram um relatório, em meados de agosto, no qual destacou que uma reforma tributária que alinhe o Brasil a padrão global pode resultar em um aumento de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, ante um cenário sem reforma.
O documento, que considera a média mundial no índice de pagamento de impostos do relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, ressaltou o desequilíbrio fiscal do Brasil em relação a outros países. Dessa forma, o Itaú salientou que uma reforma tributária somente deve lidar com simplificações da estrutura tributária sem considerar reduções da carga no curto prazo, mesmo que uma menor carga tributária seja desejável a médio prazo.
Com informações do Estadão Conteúdo