Americanas (AMER3): Troca da PWC pela KPMG contou com aval da auditoria

Em nota oficial, a Americanas (AMER3), em recuperação judicial, disse que “a substituição da auditoria externa KPMG pela PWC em 2019 contou com a anuência da própria empresa de auditoria, que posteriormente manteve relação contratual com a Companhia”.

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A empresa responde à afirmação da sócia de auditoria da KPMG, Carla Bellangero, que segundo a Reuters afirmou que a varejista havia rescindido o contrato após a auditoria comunicar falhas na governança da companhia, em uma carta de controles internos.

A sócia da KPMG revelou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na terça-feira (1º) que a administração da Americanas (AMER3) já havia recebido múltiplos avisos alertando sobre os déficits contábeis.

Assim sendo, a varejista já estaria ciente dos problemas financeiros ao fazer o pedido de RJ em janeiro deste ano e revelar o escândalo contábil estimado em mais de R$ 25 bilhões.

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Indícios na CPI de crise da Americanas (AMER3)

Quanto aos indícios apresentados pelo presidente da companhia à CPI em 13 de junho de 2023, acerca da alteração, pela KPMG, da Carta de Controles Internos, a Americanas reafirma que tal alteração foi realizada para reclassificar a VPC de ‘recomendações que merecem atenção da Administração’, para ‘Outras Recomendações’, fazendo com que tal item deixasse de ser considerado como deficiência significativa, acrescenta a empresa sobre assuntos levantados na audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados que investiga a fraude na empresa.

A companhia diz ainda que “reitera que o relatório apresentado à CPI é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações”.

Essas foram as primeiras declarações não sigilosas dos representantes de empresas auditoras da Americanas (AMER3) sobre o caso.

Posicionamento da Americanas (AMER3)

Após a publicação da nota, a Americanas emitiu um posicionamento sobre os depoimentos na CPI.

“Diante das oitivas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), nesta quarta-feira (1º), a Americanas entende que os depoimentos das auditorias corroboraram evidências de fraude de gestão cometida pela antiga diretoria da companhia.

As informações prestadas na sessão desta terça (2) demonstram que as auditorias não classificaram deficiências como significativas e que não encontraram distorções relevantes nos números auditados. A empresa reitera as informações e documentos apresentados à CPI em 13 de junho de 2023, com indícios de que ex-executivos fraudaram resultados financeiros e enviaram dados adulterados a bancos e auditorias.

A Companhia reafirma que o relatório apresentado à CPI, preparado pelos advogados da Companhia, que inclui documentos recebidos do Comitê Independente de Investigação, é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações”, informou a Americanas.

Ações da varejista

Na quarta-feira (2), os papeis da Americanas (AMER3) eram cotados a R$ 1,12 com uma queda pouco expressiva de 0,88% por volta das 11h30 no horário de Brasília.

Cotação amer3

Gráfico gerado em: 02/08/2023
1 Dia

Com Estadão Conteúdo

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Camila Paim

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