Quem é o novo CEO da Americanas (AMER3)? Substituto de Sergio Rial já trabalhou em reestruturações de empresas
No olho do furacão, a Americanas (AMER3) trocou novamente de comando. O executivo Leonardo Coelho Pereira foi eleito como o novo diretor-presidente da varejista e já assumiu o cargo na quarta (15). O substituto de Sergio Rial acumula no currículo experiências em reestruturações empresariais.
Em comunicado publicado pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a varejista de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira descreveu o novo líder como um executivo “com sólidas e bem-sucedidas experiências em empresas do setor de varejo, assim assim como em ambiente de consultoria de reestruturação, tendo exercido posições de liderança em empresas dominantes em seus segmentos”.
Pereira atuou como sócio da consultoria Alvarez & Marsal desde 2011, trabalhando na área de Reestruturação. Assim, ele auxiliou companhias de segmentos como varejo, sportainment, agronegócio, óleo e gás, construção e energia a se reorganizarem.
Antes do trabalho na firma de consultoria, o executivo atuou por mais de 10 anos em posições de C-Level (seja como CEO ou CFO) em multinacionais no Brasil e em países como Alemanha, Argentina, Chile, Itália e Uruguai.
Desde janeiro, quando Sergio Rial descobriu o rombo bilionário na Americanas e deixou o comando da varejista às pressas, o posto de liderança da Americanas era ocupado interinamente por João Guerra. Com a chegada de Pereira, Guerra volta a se dedicar exclusivamente ao cargo de Diretor de Recursos Humanos.
Americanas em crise
Enquanto isso, a novela da recuperação judicial da Americanas ganha um novo capítulo nesta quinta (16), pois haverá um encontro da varejista com os bancos credores. Roberto Thompson, sócio da 3G Capital, participará do encontro e, segundo fontes do jornal Valor Econômico, o parceiro de Lemann estaria com mandato para falar em nome dos acionistas de referência da varejista.
O sócio da 3G Capital fez parte do conselho de administração da Americanas entre 2004 e 2020.
A recuperação judicial da Americanas conta com dívidas que superam os R$ 40 bilhões. Na semana passada, a Justiça autorizou um empréstimo DIP de até R$ 2 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão foi aportado emergencialmente pelos acionistas de referência.
