“Foi de atestado”: ex-CEO da Americanas (AMER3) evita CPI com justificativa médica

Miguel Gutierrez, o ex-CEO da Americanas (AMER3), não compareceu ao depoimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a crise da varejista. A ausência do empresário na reunião marcada para esta terça-feira (1º) foi justificada com a apresentação de um atestado médico.

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Um pedido de dispensa do executivo da CPI da Americanas já havia sido negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada. A corte só havia autorizado que permanecesse em silêncio caso não quisesse responder às perguntas.

Nesta terça-feira (1º), entretanto, o advogado de Gutierrez protocolou um atestado médico informando que ele não está em condições de comparecer ao compromisso. Os motivos específicos não foram divulgados.

Uma nova convocação depende do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

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CPI da crise da Americanas investiga rombo bilionário

Em janeiro deste ano, a crise do rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões da varejista veio a público pouco tempo depois da saída de Miguel Gutierrez do posto de comando da Americanas.

Em março, Gutierrez prestou depoimento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que, conforme interlocutores, apresentou sua perspectiva sobre a sistemática de operações e os desdobramentos dos negócios da varejista. Desde então, se manteve reservado.

Em meados de junho, a CPI ouviu o atual presidente da companhia, Leonardo Coelho Pereira, que afirmou que a fraude envolvia 30 pessoas e apresentou parte das informações de relatório interno de um comitê independente que apura o desfalque internamente.

Dentre as informações trazidas à tona por Coelho está o dado de que a fraude ajudou a incrementar os resultados da companhia ao longo do tempo em R$ 25,3 bilhões até o dia 30 de setembro de 2022. Segundo a varejista, isso decorreu de contratos de verbas de publicidade artificialmente criados para melhorar os resultados, que atingiram o saldo de R$ 21,7 bilhões, enquanto a ausência de lançamento de juros sobre operações financeiras totalizaram o saldo de R$ 3,6 bilhões.

Gutierrez e mais seis ex-diretores teriam liderado a fraude, segundo as informações divulgadas pela Americanas.

Também estava marcado para hoje (1º), o depoimento de Fábio da Silva Abrate, ex-diretor Financeiro e de Relações com Investidores.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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