American Airlines perdeu US$ 140 mi por paralisação do 737 Max

A American Airlines comunicou nesta quarta-feira (9) que seu lucro antes de impostos do terceiro trimestre foi afetado em US$ 140 milhões por conta da paralisação de voos com as aeronaves 737 Max.

Em março deste ano, 9.475 voos foram cancelados após um decreto da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos. A American Airlines declarou que as aeronaves continuarão inoperantes até o dia 16 de janeiro do próximo ano.

Por conta do atraso na retomada das atividades do 737 Max, algumas aéreas retiraram a aeronave da programação para o próximo verão do hemisfério norte, entre junho e setembro de 2020.

De acordo com o diretor-presidente da aérea irlandesa Ryanair, Michael O’Leary, os preços das passagens aumentarão neste período, por conta da alta demanda e menor oferta.

Consequências para as aéreas

Para substituir o 737 Max, as companhias estão utilizando aviões antigos e alugando outras aeronaves. As empresas estão perdendo recursos por conta dos voos cancelados.

Além do valor perdido, as aéreas estão registrando gastos maiores ao ter que remanejar os passageiros. De acordo com os analistas, as despesas para algumas das companhias atingem US$ 150 mil por dia.

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Conforme os dados divulgados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a paralisação gerou o maior índice de assentos ocupados da história entre julho e agosto.

Cancelamento de voos do 737 Max da American Airlines

O modelo 737 Max deixou de operar em todo o mundo, devido aos dois acidentes que deixaram 346 mortos na Indonésia e Etiópia.

A proibição ocorreu quando um avião da Ethiopian Airlines caiu matando todos os seus passageiros e tripulantes, meses depois da queda do avião da Lion Air, na Indonésia.

Saiba mais: American Airlines não usará Boeing 737 Max até setembro

Para que eles voltem a ser autorizados, a Boeing deverá realizar um voo teste que dá a certificação de que o software do avião foi atualizado e que houve treinamento de seus pilotos, pela Federal Aviation Administration (FAA, agência federal de aviação dos Estados Unidos).

Antes da fatalidade, a American Airlines operava uma média de 115 voos diários em suas aeronaves de modelo Boeing 737 MAX.

Giovanna Oliveira

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