Ambipar (AMBP3): diretor propõe pagar R$ 340 mil para CVM finalizar processo

O diretor financeiro e de relações com investidores da Ambipar (AMBP3), Thiago da Costa Silva, apresentou uma proposta e pagará R$ 340 mil para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encerrar processo contra ele. As informações são do jornal Valor Econômico.

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Em julho do ano passado, ao mesmo tempo em que a companhia anunciava uma compra e uma parceria com a modelo brasileira Gisele Bündchen, uma notícia divulgada pela imprensa sobre um possível spin-off da empresa impactou as ações da Ambipar.

A CVM passou a observar o caso em função do modo como a Ambipar tratou a divulgação da notícia. Foi aberto então um processo financeiro contra o executivo da empresa.

O caso envolvendo a disparada das ações da empresa

No dia 27 de julho do ano passado, a Ambipar, por meio de fato relevante, comunicou que Gisele Bündchen se tornaria acionista e faria parte do comitê de sustentabilidade da empresa.

Um dia após o anúncio, a companhia, em comunicado ao mercado, anunciou a compra de 53,6% de uma empresa atuante no mercado de compensação de gases estufa.

Inicialmente, esses comunicados não impulsionaram as ações da Ambipar. No entanto, em 28 de julho, os ativos encerraram em valorização acima de 15% — mesmo depois de abrirem com leve aumento de 0,85% na bolsa de valores brasileira.

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No fim deste dia, a imprensa divulgou uma notícia de que a valorização dos ativos da Ambipar aconteceu devido a especulações de que a empresa realizaria um spin-off de seu negócio de gestão de resíduos. Segundo informado, o objetivo da operação seria levantar mais capital.

Já no dia seguinte, a Ambipar comunicou que, de forma constante, avaliava “alternativas de captação de recursos para fortalecer a estrutura de capital e financeira do grupo”.

No mês de agosto, a empresa anunciou que sua controlada apresentou pedido de registro de oferta pública inicial de distribuição primária de ações ordinárias.

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Entre outros pontos, a área técnica da CVM entendeu que, em situações em que a comprovação da perda do controle de informação acontece por meio de verificação de seu conteúdo em matéria jornalística, é possível concluir que um grupo de pessoas — não autorizadas, em princípio — teria acessado a informação relevante, indevidamente, antes da divulgação pela mídia.

Houve o entendimento de que o fato relevante da Ambipar, em 29 de julho, aconteceu de forma “intempestiva e incompleta, diante de oscilação atípica“ das ações da empresa no dia anterior.

Com o termo de compromisso entre as partes, o processo contra o diretor é extinto, sem assunção de culpa.   

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Cotação da Ambipar nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira (7), as ações da Ambipar fecharam em queda de 2,49%, a R$ 21,50. Com isso, os ativos da empresa completaram três pregões seguidos em baixa.

No acumulado deste ano, as ações da Ambipar registram desvalorização de 48,58% na bolsa de valores brasileira. 

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Silvio Suehiro

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