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Aluguel ficou 4% mais caro em 2021, revela FipeZap; SP tem queda de 1% na contramão

Apesar da alta do aluguel, FipeZap revela que rentabilidade do locatário teve uma retração no ano de 2021

Apesar da alta do aluguel, FipeZap revela que rentabilidade do locatário teve uma retração no ano de 2021

O preço do aluguel de um imóvel ficou 3,87% mais caro no acumulado de 2021, segundo levantamento da FipeZap. O documento demonstra que a alta dos preços foi impulsionada no índice de locação do segundo semestre, segundo dados de 25 cidades.

O índice FipeZap, desta forma, teve um crescimento abaixo do outros indicadores de inflação, como o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) – padrão do mercado utilizado para reajustes no aluguel -, que subiu 17,7% em 2021.

O indicador fechou o mês de dezembro com alta mensal de 0,80% – a sexta consecutiva, acelerando novamente frente às variações de julho (+0,13%), agosto (+0,37%), setembro (+0,52%), outubro (+0,57%) e novembro (+0,66%).

Comportamento da série do Índice FipeZap de que mensura o preço do aluguel de um imóvel residencial em comparação com outros índices de preço (variações em 12 meses) – Foto: Reprodução/FipeZap

“Comparativamente, a variação mensal do índice superou a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+0,73%), mas permaneceu abaixo da apuração mensal do IGP-M/FGV no período (+0,87%). Individualmente, todas as cidades monitoradas pelo Índice FipeZap apresentaram elevação do valor do aluguel residencial”, diz a o relatório, sobre o mês de dezembro.

Apesar da alta global de preços em 2021, algumas cidades como São Paulo (SP) tiveram retração no preço de locação dos imóveis residenciais no acumulado anual. Confira:

“À exceção da cidade de São Paulo, onde os preços de locação residencial recuaram 0,92% no ano, em média, todas as cidades monitoradas pelo índice encerraram o período com elevação, destacando-se os movimentos em São José (+26,02%), Guarulhos (+18,64%), São José dos Campos (+16,38%) e Joinville (+14,69%)”, diz a FipeZap.

“Considerando apenas as capitais, é possível destacar as altas anuais em: Curitiba (+14,17%), Florianópolis (+11,59%), Recife (+11,19%), Fortaleza (+9,55%), Belo Horizonte (+7,17%). Por outro lado, Salvador (+4,73%), Brasília (+4,42%), Goiânia (+4,01%) e Porto Alegre (+0,27%) apresentaram variações menos expressivas em 2021”, segue.

E quem comprou um imóvel para investir?

Segundo o relatório, desde meados de 2020 o retorno médio do aluguel residencial “tem recuado marginalmente”, com uma retração de 4,66% no acumulado de 2021 – taxa que foi recentemente superada pela rentabilidade média projetada para outras modalidades de investimento.

O dado, calculado pela FipeZap, mede o retorno do locatário fazendo uma razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel.

Mercado Imobiliário global é ‘fonte de risco’ em 2022, diz Banco Original

Dentro do contexto global, os analistas do Banco Original veem o segmento imobiliário como um “importante fator de risco”, com cenário que contempla um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima da tendência de longo prazo, de 4,0% a 4,5% ante 3,0% a 3,5%, acompanhado de uma taxa de inflação ao consumidor também acima da média histórica recente e próxima a 4,0%.

“Além da normalização dos juros, que torna o crescimento da liquidez um vento contrário, é motivo de atenção o ciclo econômico da China. Estando alguns estágios à frente dos demais países, a perda de ímpeto da atividade no final de 2021 trouxe as políticas monetária e fiscal de volta para jogo.”

“Essa postura mais acomodatícia contrasta com o problemático setor imobiliário, que continua como uma fonte importante de risco”, diz o parecer do banco, assinado pelos analistas Marco A. Caruso, Lisandra Barbero e Eduardo Vilarim.

O relatório “Velho Ano Novo” destaca que o período de pós-pandemia deve ser ‘pavimentado com paralelepípedos’. Nos dados oficiais, o IGP-M, que é a ‘inflação do aluguel ‘, demonstra uma alta de 0,87% em dezembro, sendo o dado mais recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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