Alckmin confirma Persio Arida e Lara Resende para transição na economia

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta terça-feira (8) que os economistas André Lara Resende, Persio Arida, Nelson Barbosa e Guilherme Mello vão ocupar a área econômica na equipe de transição de governo. 

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O Broadcast Político, sistema de notícias e tempo real antecipou nesta segunda, 7, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscava montar uma equipe de economia que fosse de Lara Resende e Persio Arida, liberais e formuladores do Plano Real, a Nelson Barbosa, economista considerado heterodoxo e ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT). Mello, por sua vez, assessorou a campanha de Lula na área da economia.

“São quatro grandes economistas, pessoas com larga experiência”, disse Alckmin em coletiva de imprensa, reforçando que participar da equipe de transição não significa, necessariamente, passaporte para a Esplanada dos Ministérios no novo governo.

Acompanhavam Alckmin a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador do grupo técnica da transição, Aloizio Mercadante, e os deputados federais reeleitos Rui Falcão (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do PT na Câmara.

A escolha dos economistas se deu em razão das visões complementares, e não opostas, que têm para o desenvolvimento do país, disse Alckmin, coordenador do processo de transição.

O vice de Lula citou também o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como um dos integrantes da transição de governo, mas não deixou claro em que área o político deve atuar. 

O vice-presidente mencionou como umas das prioridades do governo a liberação do teto de gastos no Orçamento de 2023 para a manutenção do Auxílio Brasil, que será rebatizado de Bolsa Família, no valor de R$ 600 e um bônus de R$ 150 para as famílias que possuem crianças menores de seis anos. 

Para isso, a equipe econômica está avaliando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de modo a viabilizar os gastos extras, e o remanejamento de emendas do relator, além do uso de créditos extraordinários.

“O importante é o balizamento para garantir a questão social e, por outro lado, ter uma agenda de competitividade”, disse Alckmin, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.

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 “Um dos caminhos possíveis é ter uma PEC para garantir a continuidade dos serviços”, acrescentou.

Grupos de trabalho

O ex-ministro Aloizio Mercadante foi nomeado coordenador do grupo técnico da transição. Serão 31 grupos técnicos de trabalho, esclareceu Alckmin.

Além disso, Alckmin assinou três portarias: a primeira institui o gabinete de transição governamental; a segunda designa os coordenadores; e a terceira solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) cópias de contas, auditorias, monitoramentos e outros documentos que ajudem na troca de governo.

Além de Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi confirmada coordenadora da articulação política e o ex-deputado Floriano Pesaro, na coordenação executiva da transição.

“Vamos, todo dia, anunciando o núcleo que vai organizar o trabalho de transição. Não tem número limitado, pode ter mais pessoas”, disse Alckmin. O governo de transição tem direito a 50 pessoas, mas trabalhará com voluntários.

Além de assinar portaria instituindo o Gabinete de Transição, Alckmin pediu para que o Tribunal de Contas da União (TCU) pudesse repassar informações de auxílio na transição de governo.

“Nós solicitamos ao TCU, ao seu presidente Bruno Dantas, cópia dos relatórios, auditorias, inspeções, levantamentos, monitoramentos e outros documentos que vão ajudar os trabalhos do gabinete de transição. O TCU tem um trabalho muito apurado, muito bem feito, que vai ajudar a gente a ter todas as informações e fazer um bom trabalho”, disse Alckmin à imprensa.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Vanessa Loiola

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