Exportações e dólar forte impulsionam agronegócio, aponta BB
O cenário do agronegócio brasileiro segue positivo, com impulso vindo das exportações de proteínas animais e da cotação favorável do dólar. Segundo o relatório setorial de junho do BB, mesmo com pressões sobre os preços de grãos e fertilizantes, o setor mantém um bom desempenho.
De acordo com análise de Georgia Jorge, CNPI-P, do BB, o destaque continua sendo o crescimento nas exportações de carnes bovina e suína. “O país tornando-se referência em sanidade animal, um dos pilares essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos”, apontou a analista no documento.
Agronegócio: proteínas se destacam mesmo com impacto pontual da gripe aviária
O relatório também destaca o desempenho da carne de frango, que vinha com alta nas exportações até ser impactada por um caso de gripe aviária em maio no Rio Grande do Sul. Segundo o BB, “apesar de não ter sido detectado nenhum outro caso e ter sido concluída a desinfecção da granja, as exportações de carne de aves foram embargadas por diversos países, o que gerou uma retração do volume de vendas de 14,4% a/a e de 18% m/m em maio”.
No mercado de grãos, o milho acumulou valorização de 27% em reais até maio, favorecendo a rentabilidade dos produtores, puxada pela demanda interna para biodiesel. Por outro lado, o relatório alerta para o aumento nos custos de produção: “A relação de troca entre os fertilizantes e a soja atingiu 19,2 sacas em maio, piora frente ao mês anterior (19 sacas) e em relação ao anterior (14,1 sacas), refletindo a elevação do mix de fertilizantes em 3,0% m/m e 32,6% a/a em reais.”
Já para a soja, o USDA projeta uma safra brasileira de 175 milhões de toneladas para 2025/26, o que representa alta de 3,6% sobre a temporada anterior.
Segundo o BB, o momento segue favorável para o agronegócio brasileiro, com destaque para a performance das exportações, apesar dos impactos pontuais como a gripe aviária.
