Balanços da semana

Magazine Luiza (MGLU3) perde 24% em maio; papel lidera quedas do Ibovespa

As ações brasileiras, representadas pelo Ibovespa, encerraram maio com alta de 3,22%, a 111.350 pontos. O índice atingiu uma pontuação máxima de 112.690 e uma mínima de 102.386. A valorização veio após um mês muito negativo em abril, com queda de 10,10%.

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Os ganhos do mercado de ações em maio ocorreram em meio a uma perspectiva de menos agressividade do Federal Reserve (Fed) no aumento das taxas de juros dos EUA. Além disso, os sinais de que a economia da China está reabrindo podem ter ajudado a impulsionar o Ibovespa, já que os investidores conseguiram aproveitar as condições negativas do mês passado para comprar certos ativos a preços com desconto.

Um dos ativos que impulsionaram os ganhos do Ibovespa em maio foram as ações da Cielo (CIEL3), que subiram 16,93% e atingiram alta de 74% em 2022. Todos os meses do ano foram positivos para a empresa até o momento. A segunda maior valorização mensal de maio veio após o ganho de 21,01% em março.

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No lado negativo, o Ibovespa foi puxado para baixo com a ação do Magazine Luiza (MGLU3) caindo 23,77%. Como resultado, as ações da empresa caíram 48% em 2022 em meio ao declínio das empresas de varejo.

Veja quais foram as cinco maiores quedas do Ibovespa em maio:

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Ações da Magazine Luiz (MGLU3) e Hapvida (HAPV3) lideram quedas de maio

Mais um mês, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) terminarem em queda, desta vez de 23,77%, terminando o período cotada a R$ 3,72. Após ter bons desempenhos no passado, alguns fatores acabaram favorecendo a queda dos preços, como a diminuição na demanda por eletrodomésticos.

Além disso, as altas taxas de juros não só no Brasil, mas no mundo, acabou afetando as ações da MGLU3. A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2022, em que havia revertido a tendência de queda na lucratividade. A margem de lucro bruto teve um crescimento 2,7 pontos percentuais de um ano a outro, chegando a 27,8%. Essa alta se beneficiou do repasse de preços e do crescimento das receitas do setor de serviços.

Uma das razões que levaram novamente a baixa foi a observação dos investidores que o cenário macro econômico pode continuar pressionando o crescimento da empresa. A companhia também teve uma forte queima de caixa no valor de R$ 3,6 bilhões.

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Já as ações da Hapvida (HAPV3) caíram 23,38% em maio, cotadas em R$ 6,72. A empresa foi afetada pelos resultados do primeiro trimestre de 2022. Os analistas do Bradesco BBI observaram que mesmo após a pandemia da Covid-19, e considerando a redução de preços nos planos individuais e compras recentes da empresa, a sinistralidade de caixa no primeiro trimestre desse ano ficou acima dos níveis do mesmo período em 2020.

O banco destacou que “achamos que esses níveis são relativamente preocupantes, especialmente considerando a sazonalidade favorável e a pressão inflacionária atual, sugerindo riscos para nossas respectivas estimativas de 61,0% e 69,5% no longo prazo”. Esses fatores levaram a uma perspectiva ruim dos investidores com relação às ações da HAPV3, o que pode ter impactado em sua queda.

João Vitor Jacintho

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