Veja quais são os fundos de investimento e as ações favoritas dos mais endinheirados no mês de julho

por Allan Ravagnani 17/08/2023 18:40

Ativos mais conservadores voltaram a ocupar a maior parte da carteira dos mais ricos, segundo levantamento mensal feito pela Smartbrain. Na lista das ações favoritas estão as de segmentos como o financeiro, de commodities e utilidades públicas, como energia e saneamento, que ganharam espaço.

O Ibovespa registrou seu quarto mês consecutivo de alta em julho. No entanto, se por um lado isso incentivou que os investidores aumentassem sua exposição às ações, por outro a valorização mais tímida fez com que a alocação em renda fixa também ganhasse corpo.

O levantamento da Smartbrain, publicado no site Valor Invest, foi feito com base na plataforma da empresa, que processa diariamente mais de 340 mil extratos de investimentos, somando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados.

O estudo observou a carteira de investidores dos segmentos de varejo (que têm entre R$ 50 mil e R$ 300 mil e são 25,64% do total); de alta renda (entre R$ 300 mil e R$ 3 milhões e são 40,73% do total); private (que têm entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões e são 29,62% do total) e ultra high (que têm acima de R$ 50 milhões e são 4,01% do total).

Em julho, os ativos de renda fixa voltaram a liderar o portfólio dos mais endinheirados. Em junho, esses ativos ocupavam 35,86% das carteiras, mas em mês seguinte esse percentual subiu para 39,08%. A alocação em ações também subiu, saindo de 8,99% da carteira para 9,76%.

Fundos

Fundos multimercados, por sua vez, perderam a liderança. Se em junho eles eram 42,27% do portfólio dos ricos, em julho esse número caiu para 38,59%.

Quem também perdeu participação foram os Fundos Imobiliários (FIIs), que caíram de 1,99% da carteira em junho para 1,63% em julho.

A categoria “outros”, que engloba ativos como as criptomoedas, saiu de 4,67% para 4,41%. Os fundos de previdência, por outro lado, cresceram no portfólio, saindo de 6,22% para 6,53%.

As ações favoritas

Embora a alocação em ações tenha aumentado, a lista de julho ficou mais conservadora, com forte presença de ativos considerados mais defensivos.

O setor de commodities, por exemplo, tende a ser mais descolado da economia local e, por isso, pode ser considerado menos arriscado.

E no mês de julho ele teve três representantes na lista de favoritas: ações da Vale (VALE3), da produtora de papel e celulose Suzano (SUZB3) e da petrolífera Prio (PRIO3).

Além delas, as ações da Vamos (VAMO3), locadora de caminhões e máquinas pesadas, que também participa da cadeia produtiva de matérias-primas, também continuaram na seleção das favoritas, evidenciando a aposta dos mais ricos no segmento de commodities.

Outro setor considerado defensivo é o financeiro, que tende a se sair bem mesmo em cenários adversos.

Na lista de preferências dos mais ricos em julho, estavam duas ações desse segmento: as da seguradora BB Seguridade e do banco Itaú Unibanco, que também figuraram entre as favoritas de junho.