Ações do Twitter caem forte em primeiro pregão após banimento de Trump

Após suspender permanentemente a conta do presidente americano Donald Trump na última sexta-feira (8), as ações do Twitter caem quase 10% na Nasdaq nesta segunda, primeiro pregão após a decisão. Os BDRs da companhia no Brasil caem, às 10h50, 6,40%.

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A big tech disse que a decisão se baseou na possibilidade de incentivos, por parte de Trump, a atos violentos, como aconteceu durante a invasão do Capitólio, sede do Congresso americano, na última quarta (6).

Na ocasião, Donald Trump afirmou, pelo Twitter, que os invasores eram “patriotas” e que as cenas de violência eram resultado de uma eleição fraudulenta.

Há o temor, por parte do mercado, de que a decisão do Twitter reacenda a discussão sobre chamada Seção 230, lei que trata sobre a responsabilidade das redes sociais sobre o conteúdo postado por seus usuários.

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Em nota aos clientes, analistas do Bank of America afirmaram que “os eventos recentes devem tornar mudanças na legislação algo mais provável”.

Para os analistas, entretanto, as alterações podem ser positivas. No caso, o Twitter e outras redes sociais podem receber guias de atuação mais certeiros, diminuindo indecisões sobre a forma de agir.

Apesar de agradar alguns, decisão do Twitter é taxada por outros como censura

Não só o Twitter tomou atitudes contra o presidente Donald Trump e seus partidários recentemente. Facebook (NASDAQ: FB), Apple (NASDAQ: AAPL), Amazon (NASDAQ: AMZN) e Alphabet (NASDAQ: GOOGL), dona do Google, tomaram decisões nos últimos dias que silenciam falas do atual presidente americano e de seus apoiadores.

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De uma forma ou de outra, para alguns, tratam-se de decisões políticas que ligam os holofotes sobre as big techs. O senador Marco Rubio, da Flórida, afirmou que as decisões mostram como as plataformas tem domínio grande sobre as conversas públicas.

Em entrevista à Fox News, afirmou que as companhias, que não são eleitas e que não podem ser responsabilizadas, têm o poder de monopólio de decidir por eliminar pessoas e apagá-las da vida pública.

As decisões do Twitter e das outras redes podem gerar problemas com Partido Republicano, do atual presidente. Até então, os republicanos se posicionavam menos do que o Partido Democrata em relação ao problema do monitoramento e ao controle das plataformas digitais.

O Twitter pode sofrer ainda pois Trump era um importante gerador de engajamento na rede social. O fato do então homem mais poderoso do mundo ter escolhido a rede como sua favorita reforçava o marketing da empresa, que é baseado no fato de que ela é um local para se saber onde tudo está acontecendo.

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Vitor Azevedo

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