Ações da B3 (B3SA3) caem quase 6% em 2 dias; o que aconteceu?

As ações da B3 (B3SA3) encerraram a sessão desta sexta-feira (22) em queda de 3,23%, cotadas a R$ 12,00, dando continuidade ao movimento negativo dos papéis registrado ontem (21), quando caíram 2,75%.

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Considerando a cotação final do pregão de hoje (22) e também do dia 20 de março, as ações da B3 tiveram recuo de 5,88% nos últimos 2 dias.

Após as quedas registradas ontem (21) e hoje (22), as ações B3SA3 acumularam um desempenho negativo de 6,47% no mês de março, faltando apenas uma semana para o fechamento mensal.

Por outro lado, a performance acumulada da B3 nos últimos 12 meses ainda é bastante positiva, com uma valorização de 17,53%. A partir da cotação final de 2023, que foi de R$ 14,38, a queda acumulada em 2024 é de 16,55% até agora.

Quais foram os assuntos que movimentaram as ações da B3SA3 nos últimos 2 dias?

Bradesco BBI corte preço-alvo das ações da B3 em 22,22%

Um dos temas que marcaram esta sexta-feira (22) para a B3 foi a atualização das perspectivas do Bradesco BBI em relação às ações da companhia, reduzindo a recomendação de “compra” para neutra” sobre os papéis.

Além disso, o preço-alvo da ação da B3 também foi cortado pelo Bradesco BBI, passando de R$ 18 para R$ 14, o que representa uma redução de 22,22%. No entanto, esse valor é 16,67% maior que a cotação atual da empresa na Bolsa de Valores.

Outra revisão feita pelos analistas do BBI foi na expectativa de lucro da B3 no ano de 2024. A projeção foi reduzida em 10%, a R$ 4,8 bilhões, sobretudo em função de volumes abaixo do esperado.

O relatório do BBI também destacou um custo de capital um pouco maior da companhia, além de maiores incertezas sobre um possível aumento da concorrência. Também foi incluída nessa análise a velocidade de giro de mercado estrutural.

Para os analistas, o potencial de alta das ações da B3 está um tanto quanto limitado em um prazo mais curto de análise. Isso porque os papéis estão sendo negociados por um preço de aproximadamente 14,6 vezes o lucro líquido de 2024, não indicando uma relação risco-retorno tão atrativa.

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João Vitor Jacintho

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