A seguir: Polêmicas na Família Bolsonaro e Inicio de Davos

O que deve movimentar a semana no Brasil

Família Bolsonaro e desgaste político

No Brasil o cenário político segue aquecido, em especial com casos envolvendo a família Bolsonaro.

Após o pedido de Flávio Bolsonaro para que a investigação sobre seu caso envolvendo o ex-assessor Queiroz fosse levado ao STF devido ao seu foro privilegiado uma onda de críticas atingiu o senador eleito e inevitavelmente seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.

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No passado Flávio criticou o uso do Foro Privilegiado como uma forma de políticos corruptos se protegerem, e ao usar o mesmo artificio legal, passou a sofrer duras críticas.

É importante notar que mesmo o caso não envolvendo diretamente o presidente, o comportamento de seu filho afeta a sua imagem, e pode minar a sua base de apoio para conseguir aprovar as reformas necessárias ao país ao ter que gastar capital político com o tema.

Na semana passada, Paulo Guedes, ministro da economia, apresentou uma proposta de novo modelo de previdência por meio do regime de capitalização, que agora precisa ser melhor desenhado para ser levado para votação no plenário.

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CAGED e FOCUS liberados na semana

Se por um lado o momento político tende a ser movimentado a semana será fraca do ponto de vista econômico, com poucos eventos relevantes.

Os dois principais são a liberação do boletim Focus amanhã e dados do CAGED sobre empregos no dia 24.


Confiança do consumidor também é destaque

Na sexta a FGV também libera dados sobre o indicador de confiança do consumidor, que pode dar pistas sobre como os recentes acontecimentos políticos estão afetando a capacidade da população em acreditar em melhoras gerais no país.

Vale ressaltar que considerando que quase 60% do PIB é composto por consumo, a confiança do consumidor é um importante indicador sobre o que se esperar para esse indicador.


O que deve movimentar o mundo essa semana

Fórum Econômico Mundial em DAVOS

Nessa semana terá inicio o Fórum Econômico Mundial em Davos onde Jair Bolsonaro deve ser um dos destaques do ano.

Lideres políticos e empresariais de todo o mundo se reúnem para apresentar e discutir propostas e previsões econômicas, e a Suno estará cobrindo o evento com foco em tudo o que for relevante para o investidor Brasileiro.

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Negociações sobre a Guerra Comercial entre EUA e China

Mesmo não comparecendo a Davos esse ano, Trump permanece nos holofotes após comunicar que houveram avanços nas conversas a respeito de um acordo com a China para por fim à guerra comercial entre os países.

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Esperasse que o Vice Premier chinês Liu He visite Washington entre os dias 30 e 31 desse mês para dar sequência às negociações.


Temporada de resultados continua nos EUA

Enquanto isso a temporada de resultados das empresas americanas continua forte, com mais de 60 delas liberando os dados referentes ao 4T18 nessa semana.

Entre as empresas que merecem destaque especial estão: Johnson & Johnson, P&G, IBM, American Airlines e Starbucks.

As expectativas são altas para os ganhos das empresas, especialmente após uma leva de resultados abaixo do esperado na última semana.


Crescimento da China em foco

Voltando à China, o país deve liberar nessa semana dados sobre o crescimento do PIB.

A expectativa é de que o país aponte um crescimento de 6,4% no 4º trimestre de 2018, abaixo dos 6,5% visto no 3º trimestre.

Apesar de ainda ser um crescimento considerável alto, a China tem visto o seu ritmo desacelerar, e o resultado esperado pelo 4º Tri foi visto pela última vez em 2009, no meio de uma das maiores crises financeiras da história.


Encontros dos BCs da Europa e Japão

Por fim, nessa semana também teremos encontros nos bancos centrais da Europa e Japão para discutir a política econômica e monetária.

Para a Europa a expectativa é para com o discurso de Mario Draghi que deve acontecer na terça-feira, cerca de 45 minutos após a reunião do BC Europeu, onde investidores esperam ter novas pistas sobre quando o BCE pretende elevar a taxa de juros do bloco.

Já no Japão a expectativa é de que as taxas de juros se mantenham nos atuais -0,1% para os bonds de curto prazo e a 0% para os títulos de longos.

Esperasse que também sejam feitos cortes na previsão de inflação do Japão devido a queda nos preços do petróleo, mas que o país mantenha a visão de crescimento moderado da economia.

João Vitor Chaves Silva

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