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Execução rápida de garantias pode mudar o jogo do crédito corporativo no Brasil, aponta Laqus

A lentidão na execução de garantias segue como um dos principais fatores de aumento do risco de crédito corporativo no Brasil. A avaliação é da fintech Laqus, que atua como depositária central de valores mobiliários e defende que a integração entre infraestruturas de custódia e agentes de garantia pode tornar o mercado de crédito mais eficiente e previsível.

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Segundo o fundador e CEO da empresa, Rodrigo Amato, o tempo de resposta após a inadimplência é determinante para o nível de risco percebido pelos investidores. “A velocidade com que uma garantia pode ser executada quando o devedor não paga faz toda a diferença entre uma perda pequena e um prejuízo enorme. Quanto mais rápido for esse processo, menor é o risco, menor é o custo e mais eficiente se torna o mercado”, afirma.

A Laqus argumenta que a falta de integração entre depositárias e agentes de garantia contribui para a incerteza e eleva o chamado “prêmio de risco” exigido pelos investidores. “O risco não está apenas na inadimplência, mas na incerteza sobre o que acontece depois dela. Quando o processo de execução é lento ou confuso, o mercado cobra mais caro”, explica Amato.

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Casos recentes no mercado de capitais, como Ambipar e AgroGalaxy, expuseram a fragilidade das estruturas de garantias e os impactos sobre a precificação do crédito privado. A fintech defende que a centralização dos registros e a automação das etapas de execução poderiam reduzir disputas e encurtar prazos, tornando o ambiente mais confiável.

De acordo com dados da empresa, entre janeiro e setembro de 2025, a Laqus registrou R$ 17,1 bilhões em volume depositado, distribuídos em 3.593 operações. A expectativa é encerrar o ano com R$ 22,2 bilhões e 4.491 transações — alta de 42% em volume e 66% em número de operações em relação a 2024.

A discussão sobre a execução de garantias ocorre em um momento de maior atenção ao crédito corporativo no país, que ainda busca equilibrar eficiência, segurança jurídica e custo de captação. Especialistas avaliam que acelerar a recuperação de garantias pode ajudar a reduzir o prêmio de risco e tornar o crédito privado mais competitivo no mercado brasileiro.

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Maíra Telles

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