Acima das expectativas? Veja se vale a pena investir em Santander (SANB11) após balanço do 3T
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Dando início à temporada de balanços entre os grandes bancos, o Santander (SANB11) foi o primeiro a divulgar seus números do terceiro trimestre de 2025. Nesta quarta-feira (29), o banco reportou um lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões, representando alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado ficou acima das projeções do consenso reunido pela Bloomberg, que estimava um lucro de R$ 3,7 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 17,5%, avanço de 0,5 ponto percentual em doze meses e de 1,2 ponto no trimestre.
Com isso, o banco espanhol mostrou recuperação após um segundo trimestre mais fraco, que havia levantado preocupações entre analistas sobre a rentabilidade da instituição no Brasil.
Por dentro dos resultados do Santander (SANB11)
A carteira de crédito ampliada do banco atingiu R$ 688,8 bilhões, crescimento de 2,0% em relação ao trimestre anterior e 3,8% na comparação anual. O resultado reflete a disciplina na alocação de capital, com foco em linhas de maior rentabilidade e qualidade dos ativos.
A margem financeira somou R$ 15,2 bilhões, praticamente estável na comparação anual (-0,1%) e em leve queda de 1,2% ante o segundo trimestre. O desempenho foi impactado pela margem de mercado negativa, parcialmente compensada pelo aumento da margem de clientes, beneficiada por spreads mais altos e composição favorável do funding.
As comissões totalizaram R$ 5,5 bilhões, crescimento de 6,7% no trimestre e 4,1% no ano, impulsionadas por receitas de cartões, seguros, mercado de capitais e operações de crédito. Segundo o banco, a diversificação de receitas segue sendo um dos pilares da estratégia.
As despesas gerais ficaram em R$ 6,4 bilhões, praticamente estáveis no trimestre (+0,2%) e em queda de 0,5% no ano, resultado de uma gestão de custos sob controle e bem abaixo da inflação.
Além disso, as receitas totais cresceram 1% tanto no trimestre quanto no ano, com destaque para as comissões. Já a qualidade de crédito apresentou melhora nos indicadores de curto prazo, refletindo a melhor performance das novas safras.
De acordo com o Mário Leão, CEO do Santander Brasil, o banco segue fortalecendo seu balanço, com foco em construir um portfólio mais forte para 2026. “Em gastos, mantemos nossa cultura de eficiência que combinada com o uso de tecnologia tem permitido otimizar processos e maximizar nossa produtividade, além de oferecer melhores experiências aos nossos clientes”, disse ele.
XP reforça recomendação de compra
Após o balanço, a XP manteve a recomendação de compra para as ações do Santander, destacando a retomada da rentabilidade e a boa performance das receitas de serviços. “O Santander apresentou resultados positivos no 3T25, com lucro líquido de R$ 4,0 bilhões, acima da nossa estimativa e do consenso”, aponta o relatório.
A XP também ressaltou que o custo de risco permaneceu estável em 3,9% e que o índice de eficiência ficou em 37,5%, reforçando a disciplina na gestão de despesas.
A casa trouxe um preço-alvo de R$ 35 para os papéis do Santander (SANB11), o que representa um potencial de alta de 19,2% em relação ao fechamento da última terça-feira (28).