Oi (OIBR3) despenca mais de 20% após Justiça afastar diretoria; entenda
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As ações da Oi (OIBR3) estão despencando mais de 20% na tarde desta quarta-feira (1). Por volta das 15h, os papéis da companhia recuavam 24,53%, cotados a R$ 0,40, após decisão da Justiça que afastou a atual diretoria da empresa. A medida também determinou a suspensão, por 30 dias, das cobranças de dívidas que surgiram após o pedido de recuperação judicial.

A decisão foi tomada pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O juizado nomeou o sócio-fundador da Preserva-Ação, Bruno Rezende, para conduzir a nova gestão da companhia, enquanto o direcionamento das subsidiárias da Oi (Serede e Tatho) ficará com a advogada Tatiana Binato.
A intervenção foi justificada pelo risco de “esvaziamento patrimonial” da Oi, incluindo gastos considerados elevados, como a contratação de advogados para o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A decisão também antecipa, de forma parcial, os efeitos de um processo de falência, ainda que este não tenha sido decretado oficialmente.
O que está acontecendo com a Oi (OIBR3)?
Bruno Rezende será responsável por apresentar à Justiça qualquer operação que envolva alienação ou oneração de patrimônio da Oi. Já Tatiana Binato ficará encarregada da gestão e da transição de subsidiárias da companhia para outros prestadores de serviços.
A companhia apresentou nesta quarta-feira (1) um pedido de liminar contra a decisão judicial. Na petição, a Oi argumenta que a determinação criou um “vácuo de gestão” e pede prazo para viabilizar a transição.
A empresa também contesta a antecipação dos efeitos da liquidação, alegando que ainda possui ativos e receitas relevantes, como a operação da Oi Soluções.
No segundo trimestre de 2025, a Oi registrou prejuízo líquido de R$ 835 milhões, revertendo o lucro de R$ 15 bilhões do mesmo período do ano anterior, que havia sido influenciado por ganho contábil. O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 91 milhões, queda de 8,6% em relação a 2024.
A operadora de telecomunicações enfrenta sua segunda recuperação judicial, após anos de dificuldades financeiras. Mesmo com a venda de ativos, a companhia não conseguiu recuperar sua saúde financeira, e as ações da Oi (OIBR3) permanecem negociadas abaixo de R$ 1.