Oi (OIBR3) reporta prejuízo de R$ 835 milhões no 2T25 e reverte lucro; ações despencam

A Oi (OIBR3) divulgou o balanço de resultados do segundo trimestre deste ano e reportou prejuízo líquido de R$ 835 milhões. O resultado representa uma forte reversão em relação ao lucro de R$ 15,1 milhões registrado no mesmo período de 2024.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina da Oi ficou negativo em R$ 91 milhões no 2T25, deterioração de 8,6% ante os R$ 83 milhões negativos do 2T24. A receita consolidada da operadora atingiu R$ 684 milhões no trimestre, queda de 67,7% na comparação anual.

As ações da Oi operam em forte queda na manhã desta quinta-feira. Por volta das 11h, os papéis da companhia derretiam 3,57%, cotados a R$ 0,54, refletindo a reação negativa do mercado aos resultados apresentados.

Resultados da Oi (OIBR3) no 2T25

A margem Ebitda ajustada da companhia atingiu -14,3% entre abril e junho, deterioração de 10 pontos percentuais frente ao registrado no 2T24. Este foi o primeiro trimestre completo sem as receitas das operações de fibra ótica e TV paga, vendidas anteriormente.

A receita consolidada de R$ 684 milhões foi distribuída entre as operações, com 50% representado pela Oi Soluções, 39% vindo das subsidiárias nacionais e 11% nas operações do legado e atacado. O principal negócio remanescente, a Oi Soluções, teve receita de R$ 342 milhões, baixa de 23,7% na comparação anual.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

A Oi, em recuperação judicial, registrou ainda uma despesa financeira líquida de R$ 353 milhões, forte reversão em relação ao 2T24. O período anterior foi positivamente impactado por receitas financeiras extraordinárias de R$ 15,645 milhões decorrentes dos efeitos da novação de dívidas.

As despesas com pessoal totalizaram R$ 349 milhões no trimestre, redução de 19,0% na base anual, refletindo os esforços de reestruturação da operadora. Os custos e despesas operacionais somaram R$ 804 milhões, corte de 63,9%, puxado pelas vendas das operações.

A dívida líquida a valor justo atingiu R$ 10,034 bilhões, aumento de 50,9% em relação ao ano anterior. No período, a Oi (OIBR3) teve queima de caixa de R$ 139 milhões, 39% inferior na comparação anual, com capex de R$ 41 milhões no trimestre.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Giovanna Oliveira

Compartilhe sua opinião