Azul (AZUL4) encerra operações em 13 cidades e ações caem; entenda
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As ações da Azul (AZUL4) estão recuando mais de 1,5% nesta segunda-feira (11) após a companhia anunciar a interrupção de voos em 13 cidades do Brasil. A medida faz parte do plano de reestruturação que a aérea vem conduzindo desde maio deste ano, quando entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do mecanismo conhecido como Chapter 11.
De acordo com o comunicado divulgado ao mercado, a Azul vai cortar 53 rotas consideradas de baixa rentabilidade. A empresa ainda não divulgou a lista de cidades e trechos que deixarão de operar.
Dessa forma, a estratégia da empresa é concentrar os voos nos três principais hubs: Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, para otimizar a conectividade e reduzir a dependência de múltiplas conexões.
Plano de reestruturação da Azul (AZUL4)
Segundo a companhia, além do plano de reestruturação, a medida considera também fatores externos à empresa.
“A companhia vem promovendo ajustes em sua malha, já anteriormente divulgados, levando em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”, destacou a Azul em comunicado.
Além da interrupção de voos em treze cidades, a companhia também pretende reduzir sua frota em cerca de um terço e ajustar o preço das passagens, buscando uma ocupação média de 83% nos voos. Essa taxa é considerada mais próxima do patamar necessário para garantir a rentabilidade operacional.
O plano prevê ainda melhorias no atendimento a bordo e reforço em receitas complementares, como a cobrança por bagagens despachadas. Além disso, a Azul negocia um financiamento de US$ 1,6 bilhão que, segundo projeções da empresa, deve ajudar a cortar mais de US$ 2 bilhões de sua dívida total.
Recuperação judicial da Azul nos EUA
O pedido de recuperação judicial da Azul foi feito em maio, utilizando o Chapter 11, um instrumento jurídico norte-americano que permite a reorganização financeira de empresas enquanto elas continuam operando.
Esse mecanismo permite renegociar contratos e dívidas, especialmente os de leasing de aeronaves, que representam uma parcela significativa dos custos fixos no setor aéreo. O objetivo é reduzir o passivo, reorganizar a frota e adequar a malha aérea à nova realidade financeira.
A expectativa é de que o processo de recuperação judicial da Azul (AZUL4) seja concluído até fevereiro de 2026.
