Usiminas (USIM5) deve apresentar resultados fracos? Saiba o que esperar para o balanço
O UBS BB divulgou nesta semana um relatório com projeções para o balanço de resultados da Usiminas (USIM5) referente ao segundo trimestre de 2025. O documento antecipa números fracos, mas avalia que boa parte do cenário negativo já está precificada nas ações da Usiminas.

Segundo os analistas do banco, o balanço da Usiminas deve mostrar um EBITDA de R$ 533 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 27% na comparação com o trimestre anterior. No acumulado de 2025, os papéis da companhia recuam cerca de 25%, desempenho inferior ao de outras siderúrgicas brasileiras e mineradoras de ferro.
Projeções para os resultados da Usiminas
A expectativa de números fracos tem pressionado as ações USIM5, mas o UBS BB destaca que os preços atuais já embutem essa deterioração. De acordo com o relatório, a ação está precificando um EBITDA de cerca de R$ 2 bilhões para o ano de 2025.
Os analistas afirmam que o “pior cenário já parece precificado nos níveis atuais” e apontam que os riscos estão agora mais inclinados para o lado positivo. O documento cita uma possível recomposição dos lucros no segundo semestre com queda de custos à frente dos preços realizados, o que pode abrir espaço para recuperação de margens.
A projeção do banco para o EBITDA no primeiro semestre é de R$ 1,2 a R$ 1,3 bilhão. Segundo o UBS, para que a expectativa de R$ 2 bilhões para o ano se confirme, seria necessário um EBITDA entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões no segundo semestre, o que representaria um cenário mais pessimista do que o banco considera provável.
Preço-alvo de USIM5
O UBS BB mantém recomendação neutra para as ações da Usiminas, com preço-alvo de R$ 7,00 para os próximos 12 meses. Os papéis são negociados atualmente por cerca de R$ 4,00.
A instituição reforça que ainda há baixa visibilidade sobre os principais orientadores de resultado da companhia. Por isso, prefere manter uma postura conservadora, mesmo avaliando que a Usiminas (USIM5) pode voltar a ter margens próximas de 15% no longo prazo.