Ações da Localiza (RENT3) podem subir mais de 50%, aponta Santander; veja preço-alvo
O Santander divulgou nesta semana um novo relatório com projeções para as ações da Localiza (RENT3) e apontou um potencial de alta de aproximadamente 53% para os papéis até o final de 2026.

De acordo com os analistas da casa, as ações da Localiza estão sendo negociadas a um múltiplo considerado atrativo, após uma queda de 15% desde junho, frente a uma baixa de cerca de 1% do Ibovespa no mesmo período.
Preço-alvo de RENT3
O novo preço-alvo para RENT3 estabelecido pelo Santander é de R$ 56,00 para o final de 2026, substituindo a estimativa anterior de R$ 58,00 para o fim de 2025. O valor representa uma valorização potencial de cerca de 53% em relação ao preço atual das ações.
Entre os fatores que influenciaram a revisão estão a expectativa de continuidade na elevação dos preços no setor de aluguel e gestão de frotas (RAC/GTF), combinada com um crescimento menor nos volumes.
A previsão do Santander para o segundo trimestre de 2025 é de um lucro líquido de R$ 737 milhões, queda de 12% em relação ao trimestre anterior e 2% abaixo do consenso da Bloomberg. A redução seria explicada por menores volumes na operação RAC, deterioração nos resultados financeiros e maior depreciação da frota.
O banco também ajustou suas estimativas para o EBITDA da Localiza e as projeções para 2025 e 2026 em 2% e 1%, respectivamente.
As ações da Localiza estariam sendo negociadas a 11,6 vezes o lucro estimado para 2025 e 9,5 vezes o de 2026, abaixo da média histórica do setor.
Vale a pena investir em Localiza?
De acordo com o Santander, investir na Localiza pode ser vantajoso para investidores com visão de longo prazo. A instituição financeira manteve a recomendação de compra (rating outperform) para as ações, destacando que a companhia apresenta fundamentos sólidos e retornos consistentes.
“Vemos a Localiza como uma ação de valor para investidores de longo prazo, baseando-nos na suposição de que a empresa entregará spreads de ROIC acima de 5,0% de forma consistente a partir de 2027”, afirmaram os analistas no relatório.
No entanto, a casa mantém cautela em relação aos papéis RENT3 no curto prazo. Segundo o relatório, o mercado de seminovos segue desafiador, com riscos relacionados à redução de IPI para carros populares, diminuição na oferta de crédito para veículos e aumento da concorrência com montadoras chinesas.