Ibovespa atinge 141 mil pontos pela primeira vez na história
O Ibovespa alcançou nesta quinta-feira (3) um novo patamar histórico: durante a sessão, chegou aos 141.303,55 pontos e encerrou o pregão aos 140.927,86, em alta de 1,35%. É a primeira vez que o principal índice da Bolsa brasileira ultrapassa e fecha acima da marca dos 141 mil pontos. A valorização na semana é de 2,97%, enquanto no mês acumula 1,49%. No ano, o índice já sobe 17,16%.

A sessão foi marcada por forte apetite por risco, mesmo com volume financeiro mais baixo, de R$ 16,5 bilhões, por conta do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. O desempenho positivo foi impulsionado especialmente por ações de grandes bancos e da Petrobras. Bradesco ON subiu 2,12%, Itaú PN avançou 2,47%, enquanto Petrobras ON e PN registraram altas de 0,46% e 0,34%, respectivamente.
Destaques do dia: Embraer, Engie e bancos
Entre os destaques positivos, Embraer (EMBR3) saltou 4,42%, Engie (EGIE3) subiu 4,49% e CVC (CVCB3) ganhou 4,18%. Na outra ponta, apenas nove papéis do Ibovespa terminaram no negativo, entre eles BRF (-2,19%), Fleury (-1,46%), MRV (-1,44%) e Ambev (-1,25%).
“A leitura positiva do mercado de trabalho dos Estados Unidos trouxe ânimo para os investidores. O dado de criação de empregos veio bem acima do esperado, o que indica resiliência econômica mesmo com os juros altos”, explica Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.
Nos EUA, os principais índices também subiram: Dow Jones (+0,77%) e Nasdaq (+1,02%). A criação de 147 mil vagas em junho surpreendeu positivamente, com revisão para cima nos números de abril e maio. A taxa de desemprego recuou de 4,2% para 4,1%, contrariando projeções de alta. Já os salários avançaram 0,2% no mês e 3,7% em 12 meses.
Cortes de juros à vista?
Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a moderação nos salários reforça as apostas de que o Federal Reserve pode cortar os juros ainda este ano. “Com os salários mais próximos do nível que o Fed considera compatível com sua meta de inflação, a pressão sobre os preços diminui. Isso abre espaço para o início de uma flexibilização monetária”, afirma.
Apesar da alta expressiva do Ibovespa, analistas como Anderson Silva, da GT Capital, chamam atenção para o volume ainda abaixo da média. “Isso mostra que, embora haja otimismo, muitos investidores ainda preferem manter posições defensivas em renda fixa.”
O dólar comercial acompanhou o movimento positivo dos ativos locais e caiu 0,29%, fechando a R$ 5,404.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
Após atingir os 139 mil pontos na última quarta-feira (2), o Ibovespa encerrou o pregão em leve queda de 0,36%, aos 139.050,93 pontos.
Conteúdo elaborado com informações da Agência Estado