Inflação desacelera em maio, mas número ainda preocupa; como investir?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,36% em maio, após avanço de 0,43% em abril, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (27). No acumulado do ano, a prévia da inflação acumula alta de 2,80% e, em 12 meses, o indicador apresenta um avanço de 5,40%. Em comparação com maio do ano anterior, a taxa era de 0,44%.

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Os resultados do IPCA-15 ficaram abaixo das expectativas de analistas que, segundo a Reuters, projetavam uma alta de 0,44% para o mês e de 5,49% em 12 meses. 

Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, comenta que “o número veio melhor que o esperado, mas isso não significa que a dinâmica da inflação melhorou”. 

Ele observa que a inflação continua acelerando, permanecendo 90 bips acima do teto da meta de 4,5%. Apesar disso, a desaceleração mostra uma “luz no fim do túnel”, embora a pressão permaneça alta, com taxa de desemprego baixa e rendimentos em crescimento. 

A projeção da AZ Quest para a inflação em 2025 é de 5,5%.

Como investir nesse cenário de inflação ainda elevada?

Os especialistas recomendam um portfólio diversificado, com foco em ativos indexados ao IPCA. Isso significa que os rendimentos desses ativos devem superar a alta da inflação, oferecendo ganhos reais aos investidores. Ativos como ETFs de renda fixa, fundos de crédito privado, fundos imobiliários e títulos públicos são indicados. 

“Fundos de crédito incentivado, como os de debêntures incentivadas, oferecem benefícios fiscais e podem capturar o movimento de reprecificação da inflação”, explica. Com isenção de IR para pessoas físicas e títulos atrelados a índices de preços, esses fundos costumam ganhar tração em momentos de pressão inflacionária ou realocação de ativos mais conservadores, afirma Ricardo Ribeiro, gestor de renda fixa e multimercados da Fator Gestão de Recursos..

No contexto atual, o time de Research da Investo destaca que a renda fixa se torna uma opção atrativa para investidores que buscam solidez. “O patamar elevado da taxa básica favorece alternativas que se beneficiam do CDI ou são atreladas à inflação, oferecendo rentabilidade real e previsibilidade”, afirmam.

Os ETFs de renda fixa, como o NTNS11, que possui um portfólio de NTN-Bs mais curtas e apresenta rendimento acima da inflação, e o LFTB11, que investe em uma cesta de títulos públicos atrelados à Selic, são opções recomendadas para diversificação, liquidez e baixo custo. 

Segundo a gestora, o NTNS11 apresentou rentabilidade de 115,43% do CDI neste ano, enquanto o LFTB11 performou 110,31% do CDI no mesmo período. 

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Gustavo Bianch

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