Inflação deve continuar baixa graças a carne, gasolina e energia, diz Itaú

A inflação no Brasil deve continuar abaixo da meta do governo dado ao comportamento mais previsível dos preços da carne, energia e gasolina, de acordo com o Itaú Unibanco. As afirmações foram feitas durante o evento “Macroeconomia em Pauta”, um encontro com o departamento econômico do banco, realizado nesta quarta-feira (19).

A inflação no Brasil deve continuar abaixo da meta do governo dado ao comportamento mais previsível dos preços da carne, energia e gasolina, de acordo com o Itaú Unibanco. As afirmações foram feitas durante o evento “Macroeconomia em Pauta”, um encontro com o departamento econômico do banco, realizado nesta quarta-feira (19).

Para a instituição financeira, o IPCA (Índice de Preços Amplos), que mede a inflação, deve ficar em 3,3% -abaixo dos 4,5% do centro da meta do governo- e com viés de baixa para o momento.

“Nesse primeiro trimestre, há uma deflação no item da carne, devolvendo parte do choque do ano passado, e esperamos que eles voltem ao nível de preços do ano passado. Por hora, temos algum viés de baixa para essa projeção”, disse Julia Passabom, economista do Itaú Unibanco.

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“Houve um repique no final do ano passado, muito concentrado nos preços da carne, mas isso já teve um arrefecimento. Então não ficamos extremamente preocupados com a alta da inflação no final do ano. Ela ainda está rodando entre 3%, 3,5%”, disse Mesquita.

Além do preço da carne em patamares mais comuns, o reajuste nas contas de energia elétrica deve ser pequeno. O setor, inclusive, manteve bandeira verde (quando o consumidor tem preços menores) em dezembro, ajudando o IPCA a se manter em um patamar baixo.

“Na energia elétrica ainda contemplamos um reajuste pequeno. Isso também é um viés de baixa”, afirmou Passabom.

Em relação ao terceiro item da balança sobre a inflação, a gasolina, o Itaú Unibanco mostrou que as projeções do preço do petróleo estão abaixo do preço real do produto, o que deve fazer com que o choque nos combustíveis seja pequeno. “Não deve ser algo muito relevante, mesmo com um aumento nos preços” completou a economista.

Vinicius Pereira

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