Meta para tapering foi atingida nos EUA, diz representante do Fed

Em evento realizado nesta sexta (1º) pelo Manhattan Institute, nos Estados Unidos, a presidente da distrital de Cleveland do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Loretta Mester, disse que já houve “progresso substancial” em direção às metas de inflação e máximo emprego, critérios definidos para a realização do tapering, medida que visa a retirada gradual dos estímulos monetários por BCs.

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Com isso, a representante do Fed defende que em breve deve começar a redução das compras mensais de Treasuries, títulos da dívida pública americana, e ativos lastreados em hipotecas.

O Presidente da distrital da Filadélfia do Fed,Patrick Harker, também comentou sobre o assunto, dizendo que gostaria de realizar o tapering o quanto antes, argumentando que a alta inflação do país é um motivo para acelerar o processo.

Segundo ele, é possível que as pressões inflacionárias advindas da reabertura da economia global podem não ser tão transitórias quanto o esperado.

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Em seu discurso durante o evento, o dirigente, que não tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano, afirmou esperar uma inflação anual de cerca de 4% em 2021, antes dos preços moderarem para um nível um pouco acima de 2% em 2022.

Em 2023, o líder da distrital da Filadélfia do Fed prevê que a inflação converja para a meta de 2% da entidade.

Os gargalos na cadeia de suprimentos, porém, são um risco de alta para esta previsão, já que eles podem levar anos para serem solucionados completamente, disse Harker.

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Fed quer tapering a partir de novembro e alta dos juros no fim de 2022

O presidente da distrital da Filadélfia do Federal Reserve reafirmou sua defesa pelo tapering “em breve”, a partir de novembro. Segundo ele, os estímulos monetários já não são necessários em uma economia com problemas na oferta.

Após o término do tapering por volta de meados do ano que vem, Harker afirmou que o Fed poderá começar a pensar em uma alta dos juros nos Estados Unidos. Ele alertou, no entanto, que isso não deve ocorrer antes do período entre o fim de 2022 e o começo do ano seguinte.

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O dirigente disse estar otimista quanto à perspectiva econômica do país, e previu um crescimento de cerca de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2021, além de altas de 3,5% em 2022 e de 2,5% em 2023.

Apesar do otimismo, Harker voltou a dizer que os gargalos na cadeia de suprimentos são empecilhos “poderosos” ao crescimento, especialmente se duraram pelos próximos anos, como alguns “sinais” indicam, segundo ele.

“Escassez de peças essenciais como chips semicondutores prejudicou não apenas a produção de carros e caminhões, mas também de bens duráveis menores, como eletrodomésticos”, destacou o dirigente do Fed.

Com informações da Agência Estado

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Bruno Galvão

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