Radar do Mercado: Eztec (EZTC3) – Em prévia operacional, companhia anuncia melhor venda líquida trimestral dos últimos 5 anos

A Eztec anunciou ontem (22) a prévia dos seus resultados operacionais do quarto trimestre de 2018 (4T18), porém ressaltou que os mesmos são gerenciais e estão sujeitos à revisão da auditoria externa, haja vista que resultados do 4T18 têm divulgação programada para 21 de março, após o fechamento do mercado.

No relatório, a companhia destacou que o ano de 2018 representou para a Eztec um crescimento de lançamentos da ordem de 119% em relação ao ano de 2017. No quarto trimestre a Eztec lançou quatro novos empreendimentos.

Adicionalmente, tendo emitido um guidance ao mercado ao fim de 2017, a Eztec se comprometeu com um patamar de lançamentos entre R$ 500 milhões e R$1 bilhão em VGV para o ano de 2018.

“A Eztec encerra o exercício com R$ 752 milhões em VGV lançados, próximo ao midpoint do range estipulado, portanto cumprindo com seu compromisso. Da mesma forma, se compromete com um novo guidance para 2019, demarcado entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão de VGV a serem lançados, desconsiderando torres corporativas”, ressaltou a companhia em seu comunicado.

 

No que tange o comunicado prévio operacional da Eztec, vale adicionar que os lançamentos do período, em ordem cronológica, foram:

  • [i] O Sky House Chácara Santo Antônio situa-se na Zona Sul de São Paulo, nas proximidades do núcleo corporativo em ascensão na Av. Chucri Zaidan.
  • [ii] O Fit Casa Brás, que é o primeiro empreendimento da linha Fit Casa, direcionado ao Programa Minha Casa Minha Vida. O projeto do Brás tem como diferencial o foco em mobilidade urbana, localizando-se a poucos quarteirões da estação Brás do Metrô e da CPTM.
  • [iii] O Diogo & ID Ibirapuera se localiza na Zona Sul, próximo ao Parque Ibirapuera e
  • [iv] O Z. Pinheiros será construído na Rua dos Pinheiros, na Zona Oeste da cidade. O entorno se caracteriza pela diversidade de atividades de lazer e entretenimento e pelo acesso ao metrô (Estação Fradique Coutinho) e a avenidas importantes da cidade (Faria Lima e Rebouças).

Adicionalmente, o ano de 2018 representou para a companhia um crescimento de vendas líquidas da ordem de 184% em relação ao ano de 2017. Sob o ponto de vista operacional, a Eztec apresentou no 4T18 vendas líquidas superiores às do trimestre anterior, finalizando o quarto trimestre do ano com R$ 285 milhões.

Esta performance operacional pode ser decomposta entre vendas brutas de R$ 309 milhões, com avanço de 86% em relação ao trimestre anterior.

Este incremento se deu pela agenda de lançamentos, cujas vendas foram aproximadamente quatro vezes superiores ao equivalente do terceiro trimestre.

Outro fator relevante na composição deste resultado é a diminuição dos distratos para R$24 milhões, valor 49% inferior ao trimestre anterior.

Essa redução se deve majoritariamente ao fim do ciclo de entregas.

O destaque do trimestre recai sobre as vendas de lançamento do Diogo & ID Ibirapuera, que em dois meses teve vendas de aproximadamente 65% de suas unidades vendidas.

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Sob o ponto de vista de escoamento de estoque pronto, o destaque é do megaempreendimento Jardins do Brasil, que reportou 77 unidades vendidas no trimestre, consolidando um ritmo de vendas líquidas positivas e consistentes.

Adicionalmente, podem ser observadas no gráfico abaixo, as vendas brutas e distratos acumulados em 12 meses, onde observa-se distratos com tendência consistente de declínio desde o 3T16, frente a vendas brutas em recuperação, sinalizando uma melhora gradativa nas vendas líquidas, associado à finalização do ciclo de entregas:

No mais, gostamos muito dos resultados da companhia no acumulado do ano passado, como um todo.

Adicionalmente, entendemos que a Eztec, apesar dos desafios setoriais, é sem dúvidas a melhor empresa do segmento, e os seus números refletem bem essa opinião.

Com 38 anos de história, a Eztec é uma das companhias com maior lucratividade entre as empresas de capital aberto do setor de incorporação e construção no Brasil, além de integrar o Novo Mercado da Bovespa.

Muitos fatores nos fazem acreditar num cenário mais favorável para o setor de atuação da Eztec no médio prazo, muito por conta da queda da taxa de juros básica da economia, diminuição do desemprego e a inflação mais controlada.

Contudo, de acordo com o que foi repassado pela companhia, é possível perceber que, apesar do cenário de queda contínua desse patamar, os distratos seguem sendo uma dura realidade para as empresas do setor de construção e incorporação no Brasil.

Diante disso, preferimos esperar, nesse momento, até que oportunidades mais “seguras” possam ser observadas no que diz respeito ao preço das ações da Eztec, empresa essa que consideramos a melhor do seu segmento de atuação.

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    Tiago Reis
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